São Paulo, terça-feira, 8 de novembro de 1994
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Ministro defende que ação comece agora

Dupeyrat diz que eleição não seria afetada

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

O ministro da Justiça, Alexandre Dupeyrat, defendeu ontem que o combate ao crime organizado no Rio, sob coordenação das Forças Armadas, comece já.
"Não vejo por que postergar o início da ação. Não vejo nenhuma relação entre o combate à criminalidade e as eleições."
A Folha apurou que segunda-feira retrasada, na reunião entre o presidente Itamar Franco, o governador Nilo Batista e os ministros militares, ficou acertado que as Forças Armadas só entrariam para valer na operação depois do segundo turno das eleições.
O governo teme que uma operação mais ostensiva, agora, crie um fato de repercussão eleitoral que venha a ser explorado pelos candidatos.
Após as eleições, o ministro da Justiça deverá explicar ao Congresso os detalhes do convênio assinado entre os governos federal e estadual, que entregou às Forças Armadas o comando das ações.
Em ofício entregue ontem ao presidente do Congresso, Humberto Lucena (PMDB-PB), Dupeyrat colocou-se à disposição para prestar os esclarecimentos. Lucena disse que isso deve acontecer após as eleições.
"O importante é tentar conciliar o combate à criminalidade com o princípio constitucional que garante a autonomia do Estado", disse Lucena, após conversar com o ministro.

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