São Paulo, terça-feira, 8 de novembro de 1994
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Exército autoriza operações policiais em favelas

SERGIO TORRES
DA SUCURSAL DO RIO

O Exército autorizou ontem as polícias Civil e Militar a manterem suas operações de rotina nos morros e favelas da região metropolitana do Rio.
O assunto foi discutido, de manhã, na primeira reunião executiva do comando unificado antiviolência, criado há uma semana por convênio entre os governos federal e estadual.
Os representantes das polícias estaduais argumentaram que não deveriam interromper sua agenda de incursões aos locais onde se concentram traficantes. Os militares concluíram que não teriam como impedir a ida de policiais às favelas.
"A atividade normal de segurança pública não sofrerá nenhuma alteração. Ela continua a existir", disse o chefe do Centro de Comunicação Social do Exército, general Gilberto Serra, que veio de Brasília participar do encontro.
Serra afirmou que os planos de ação conjunta já estão prontos. Ele não quis anunciar quando as operações começarão, sob o argumento de que o assunto é sigiloso.
"O planejamento já está concluído e deverá ser aplicado em curtíssimo prazo", disse.
Também veio à reunião o diretor-geral da PF (Polícia Federal), Wilson Romão, acompanhado pelo superintendente do Rio, Eleutério Parracho. Dirigiu a reunião o general Roberto Câmara Senna, chefe do comando unificado.
A cúpula militar radicada no Rio esteve na reunião, ocorrida na sede carioca do Ministério do Exército: os comandantes do Comando Militar do Leste, general Edson Alves Mey, do 3º Comar (Comando Aéreo), brigadeiro Antônio Silva Gomes, e do 1º Distrito Naval, vice-almirante Waldemar Canellas.
Representaram o governo estadual os secretários de Justiça, Arthur Lavigne, Polícia Civil, Mário Covas, Polícia Militar, Magno Cerqueira, e Defesa Civil, José Halfeld.

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