São Paulo, terça-feira, 8 de novembro de 1994
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Polícia diz que militar matou tenente

FERNANDO MOLICA ; CRISTINA GRILLO
DA SUCURSAL DO RIO

A Polícia Civil identificou três homens que seriam os responsáveis pela morte do segundo-tenente do Exército Marcos Paulo Lisboa Marinho. Os três suspeitos seriam soldados do Exército.
Marinho teria sido assassinado pelos soldados Marcio Vaz Barbosa, conhecido como Marcio Chininha, e pelos soldados identificados como "Baltazar" e "Neguinho".
Marinho teria então decidido denunciar os três. Segundo a polícia, eles são lotados no mesmo batalhão do segundo-tenente –o 57º Batalhão de Infantaria Motorizada.
Os três soldados estão foragidos. Na casa de Márcio Vaz Barbosa, no Jardim Leal (Duque de Caxias, na Baixada Fluminense), foram encontradas cápsulas de munição deflagradas e um capuz, conhecido como "ninja". As cápsulas localizadas no local foram encaminhas para perícia.
Marinho foi assassinado na última quinta-feira em Bento Ribeiro, subúrbio da zona norte do Rio.
Ele foi baleado quando chegava sozinho em casa, na rua Conde de Resende, perto da favela do Muquiço, considerada uma das mais perigosas da região.
Ele foi baleado por dois homens que ocupavam uma Brasília branca, segundo testemunhas que estavam no local. A Brasília tinha as placas cobertas por jornal.
Uma testemunha ouvida por investigadores da 30º DP (Marechal Hermes, zona norte do Rio) afirmou que Marinho, antes de morrer, virou-se para um dos assassinos e perguntou: "Você vai fazer isto comigo, Baltazar?".
Segundo a testemunha, esta pessoa usava calça verde-oliva e botinas semelhantes às do Exército.
As conclusões da Polícia Civil foram encaminhadas ao Exército, agora o principal responsável pelas investigações do crime.

LEIA MAIS
sobre a ação no Rio à pág. 3-2 e 3-3

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