São Paulo, terça-feira, 8 de novembro de 1994 |
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Fórmula 1 passa por semana de definições
JOSÉ HENRIQUE MARIANTE
O GP da Austrália acontece no próximo fim-de-semana em Adelaide e, sendo a última etapa do campeonato, muita gente quer aproveitar a mídia reunida para lançar seus planos para a temporada que vem. O futuro do brasileiro Rubens Barrichello pode ficar acertado também. Sua opção mais provável será mesmo a Jordan, que, com os motores Peugeot, apresenta um bom pacote para 1995. Caso Ron Dennis, chefe da McLaren, não aprecie a contraproposta de Barrichello, até então, o piloto deve decidir ficar na equipe –como ele mesmo diz, uma "família". Dennis empurra o negócio com a barriga na tentativa de trazer o melhor piloto para a vaga de companheiro de Mika Hakkinen. Na lista, além de Barrichello, estão Heinz-Harald Frentzen, David Coulthard e, numa hipótese improvável, mas que possui fundamento, o alemão Michael Schumacher (Benetton). Frentzen não quer sair da Sauber, que deve anunciar acordo com a Ford e receberá os propulsores Zetec R. O alemão, porém, pode se forçado pela Mercedes a se juntar ao que já está sendo chamado de "dream-team" da F-1. O escocês Coulthard, ao contrário, quer a vaga. O piloto sabe que seu futuro na Williams pode acontecer apenas no carro de testes e quer garantir uma melhor colocação no mercado. Os conflitos com Nigel Mansell em Suzuka, onde o inglês chegou a afirmar que empregaria a força física para remover Coulthard se ele aparecesse nos boxes da equipe, mostraram que a Williams terá problemas para definir o companheiro de Damon Hill em 95. Assistindo a tudo, Christian Fittipaldi, de forma irônica, enxerga mais possibilidades agora do que há uma semana. Quando chegou a Suzuka, suas chances se resumiam a permanecer na Footwork (Arrows), o que ele não quer, ou tentar uma vaga na Tyrrell, no qual há um choque de patrocinadores. Em Suzuka, ficou claro que existem outras tantas vagas para o brasileiro. As equipes já deixaram o Japão. Como a próxima prova acontece ainda nesta semana, os times correm contra o tempo, mais exatamente 15 horas de vôo, para transferir todos os equipamentos para Adelaide. A maioria dos pilotos se encontra em balneários da costa australiana e deve chegar a Adelaide na noite de quarta-feira ou na manhã de quinta. A última vez que aconteceu uma decisão de título na Austrália foi em 1986, quando Nigel Mansell, Alain Prost e Nelson Piquet tinham chances de conquistar o campeonato. O francês levou a melhor. Texto Anterior: Atores promovem campanha Índice |
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