São Paulo, terça-feira, 8 de novembro de 1994
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Mortos pelo temporal na Itália já são 43

DAS AGÊNCIAS INTERNACIONAIS

Já são 43 as mortes causadas pelas chuvas no norte da Itália, segundo balanço oficial. Cerca de 3.500 pessoas foram retiradas de suas casas, 212 municípios foram afetados e 28 deles estão isolados.
Foram medidos 600 mm de chuva no fim-de-semana no Estado do Piemonte. Chove por ano, em São Paulo, cerca de 1.500 mm em média. Segundo os serviços de meteorologia italianos foi o pior temporal no país desde 1913.
O rio Pó inundou, derrubando e inundando casas, arrastando veículos e provocando dezenas de desmoronamentos. A região mais atingida é Cuneo, onde morreram pelo menos 27 pessoas. Uma represa em Turim, capital do Piemonte, ameaça romper-se.
Embora o tempo tenha melhorado na região, ainda havia previsão de chuvas para os próximos dias. Há cerca de 20 pessoas desaparecidas e autoridades temem que o número de mortos seja bem maior.
A agência Reuter, citando funcionários do Ministério do Interior italiano, disse que há 59 mortos e pode-se chegar a 100.
Houve dois mortos na região de Veneza. A cidade foi inundada mas autoridades locais dizem que a situação não é grave.
O premiê Silvio Berlusconi foi vaiado na cidade de Alba, na região atingida, que ele visitou para verificar a situação. Uma reunião extraordinária do gabinete de governo convocada para hoje.
O ministro do Meio Ambiente, Alterio Matteoli, classificou o acontecido como um megadesastre. Nós ainda nem sabemos quantas pessoas morreram, disse.
Parlamentares do Partido Popular convocaram Berlusconi a explicar se as autoridades competentes subestimaram os acontecimentos, a despeito de avisos de meteorologistas de que haveria um desastre. Chega. Vamos parar de discutir e trabalhar e estabelecer quem são os culpados depois, disse Berlusconi em Alba.
Ambientalistas disseram que o acidente foi agravado por desmatamento de colinas e montanhas para uso agrícola e construção de casas e instalações turísticas. A TV estatal disse que ocorrem atualmente 4.000 desmoronamentos por ano no país, o dobro das cifras registradas anos 50.
As chuvas do fim-de-semana causaram a morte de sete pessoas também na França. No Marrocos, 15 pessoas morreram, segundo a imprensa local. Uma pessoas morreu na Espanha.

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