São Paulo, sexta-feira, 11 de novembro de 1994
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FHC vai reduzir ministérios, mas sem demitir funcionários

LUCIO VAZ EUMANO SILVA; DENISE MADUENO; DANIEL BRAMATI
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

A reforma administrativa que o presidente eleito, Fernando Henrique Cardoso, proporá vai reduzir ministérios sem demitir funcionários.
"Não esperem uma coisa traumática", disse o presidente do PSDB, Pimenta da Veiga, para definir a reforma administrativa.
O assessor de imprensa de FHC, Augusto Fonseca, afirmou que reduzir um grande número de ministérios é fazer "teatro".
Recuo
A pressão da bancada nordestina do PFL forçou o presidente do partido, Jorge Bornhausen, a desistir de propor agora a extinção de órgãos públicos.
Bornhausen disse que o projeto que está sendo elaborado pelo partido não vai detalhar onde serão feitos os cortes na máquina.
A proposta inicial sobre o corte de cargos foi feita pelo senador Guilherme Palmeira (PFL-AL) e assumida por Bornhausen.
O recuo do presidente do PFL aconteceu depois que a bancada nordestina reagiu contra a extinção de órgãos como a Sudene (Superitendência do Desenvolvimento do Nordeste) e Banco do Nordeste.
O vice-presidente eleito, senador Marco Maciel (PE), foi o primeiro representante do partido a se opor à extinção desses dois órgãos.
Quando Bornhausen concedeu a entrevista de ontem, estava acompanhado de Maciel. Parlamentares pefelistas fizeram discursos criticando a proposta.
Nomes
FHC já tem dois nomes para desempenhar funções na área social do governo: deputado Gustavo Krause (PFL-PE) e ex-deputado Euclides Sacalco (PSDB-PR).
Os programas de habitação, saneamento, irrigação e combate à fome serão coordenados por secretarias ligadas ao Planalto.
Constituição
O deputado José Abrão (PSDB-SP) defendeu ontem na Câmara que o próximo Congresso faça um "esforço concentrado" nos primeiros 45 dias de mandato para aprovar as emendas reformando a Constituição.
A idéia tem o apoio de FHC. Para o deputado, o presidente eleito deve divulgar suas propostas de reforma constitucional um dia após sua posse, em 1º de janeiro.

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