São Paulo, sexta-feira, 11 de novembro de 1994 |
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Adoção de filhas de presa foi autorizada
PAULO FERRAZ
Segundo o juiz, tanto Mariá quanto seu marido foram destituídos do pátrio poder antes da adoção. "O processo tramitou normalmente. Ela teve advogado, não houve recurso e a adoção das crianças foi absolutamente legal", disse o juiz. Mariá denunciou ao Conselho Estadual de Defesa dos Direitos da Pessoa Humana, na última segunda-feira, que suas filhas Mayara Ferreira Delfino, 10, e Marubia Ferreira Delfino, 7, teriam sido adotadas por um casal italiano sem a sua permissão. O conselho vai pedir à Corregedoria Geral da Justiça esclarecimentos sobre o processo que destituiu o pátrio poder de Mariá e autorizou a adoção de suas duas filhas. O presidente do conselho, João Benedito de Azevedo Marques, quer agora saber mais detalhes sobre o andamento do processo. "Vamos pedir à Corregedoria que nos esclareça melhor sobre o andamento do processo, para saber se tudo foi feito regularmente", disse anteontem Azevedo Marques. O conselho quer saber se os motivos que levaram à destituição do pátrio poder de Mariá são relevantes e por que não houve recurso após a sentença. O conselho vai pedir ainda que a Procuradoria Geral do Estado dê assistência à detenta e analise o processo. "Se for detectada alguma irregularidade, tanto no processo de Mariá quanto no da outra detenta (Regiane Rodrigues Vieira), vamos pedir a anulação da destituição do pátrio poder e da adoção, devolvendo as crianças a suas mães", disse Azevedo Marques. O processo de adoção do filho da detenta Regiane Rodrigues Vieira, Franklin Rodrigues Vieira, 4, está arquivado, segundo o juiz Cláudio Pereira França, da Vara da Infância e Juventude de São Miguel Paulista. Texto Anterior: Acusado de matar mulher confessa crime Próximo Texto: Acusado de matar a mulher é interrogado em São Paulo Índice |
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