São Paulo, domingo, 13 de novembro de 1994
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Apoio de FHC não muda opção de eleitor

DA REPORTAGEM LOCAL

O apoio do presidente eleito, Fernando Henrique Cardoso, tem pouca influência na decisão do voto dos eleitores no segundo turno, indica a pesquisa feita pelo Datafolha.
Em Minas Gerais, por exemplo, 78% dos entrevistados afirmam que não mudariam seu voto se soubessem que FHC apóia outro candidato. No Distrito Federal, o índice dos que não mudariam seu voto é ainda maior: 83%.
A influência do senador eleito Antônio Carlos Magalhães sobre os eleitores baianos é maior que a de FHC em Minas e no DF.
Uma das principais lideranças do PFL e maior cacique político da Bahia, ACM conseguiria mudar o voto de 24% dos eleitores.
Mas seu poder é limitado: 67% dizem que manteriam seu voto mesmo que ACM apoiasse outro candidato.
Além de ter pouca influência, o apoio de FHC pode atrapalhar em alguns casos.
Em Minas Gerais, 62% dos eleitores de Eduardo Azeredo (PSDB) estão convencidos de que FHC apóia Hélio Costa (PP) no segundo turno. Isso apesar de Azeredo e o presidente eleito pertencerem ao mesmo partido.
Costa, que liderava as pesquisas no primeiro turno, realmente recebeu o apoio de FHC. Mas ele foi insuficiente para deter sua queda frente ao adversário. Hoje, Costa está em segundo lugar na disputa.
No Distrito Federal, 67% dos eleitores de Cristovam Buarque (PT) dizem que o presidente eleito defende a candidatura de Valmir Campelo (PTB).
A adesão dos partidos dos terceiros colocados no primeiro turno não tem relevância em Santa Catarina e Rio Grande do Sul.
O apoio do PPR a um dos candidatos seria indiferente para 74% dos eleitores gaúchos. E 12% deixariam de votar em seu candidato se ele recebesse a adesão do partido. O candidato do PPR, Celso Bernardi, recebeu 393.514 votos no primeiro turno.
Em Santa Catarina, a adesão do PFL de Jorge Bornahusen não mudaria o voto de 73% dos eleitores. Bornhausen foi o terceiro colocado com 240.783 votos.

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