São Paulo, domingo, 13 de novembro de 1994 |
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Hill revive a trajetória do pai
JOSÉ HENRIQUE MARIANTE
Cotado como azarão na disputa do Mundial contra Michael Schumacher, o inglês encerra como campeão sua segunda temporada completa na F-1. É menos talentoso que o piloto alemão e imprimiu um estilo por demais prudente aos fãs do esporte. O campeonato, porém, mostrou que Hill soube carregar o pesado fardo de substituir Ayrton Senna como primeiro piloto da Williams. Hill já havia afirmado que Senna era lembrado como um membro da equipe. Seu sucesso e o do time, no seu entender, foram também uma vitória para o tricampeão mundial brasileiro, morto em acidente no GP de San Marino. Hill derrubou a arrogância de Michael Schumacher como a tartaruga fez com a lebre na fábula infantil. Sua regularidade e seu constante progresso durante toda a temporada sobrepujaram, no final, o piloto da Benetton. Foi beneficiado, de fato, pelas decisões políticas da FIA (Federação Internacional de Automobolismo) que causaram punições severas a Schumacher. O alemão, porém, pagou o preço da ousadia de sua equipe, que forçou os limites do regulamento além do aceitável. Para diferenciar a postura dos dois times, vale recordar uma frase de Frank Williams no início da temporada. "Somos os favoritos e, por isso mesmo, todas as atenções estarão voltadas para nós. Nossos carros terão que estar, nos mínimos detalhes, dentro do regulamento." Campeão mundial, Hill pode pedir o salário que quiser. Mas, agora, isso será consequência. Após dois anos, deixou de ser o número zero para se tornar o número um na principal categoria do automobilismo. (JHM) Texto Anterior: Falta rival para Schumacher Próximo Texto: Preparação física da seleção recebe críticas Índice |
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