São Paulo, domingo, 13 de novembro de 1994
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Mercado começa a sair da crise este ano

TELMA FIGUEIREDO
DA REPORTAGEM LOCAL

A partir da implantação do plano real, no segundo semestre de 94, a procura por hospedagem em flats voltou a aumentar.
O mercado enfrentava crise desde 91, quando as taxas de ocupação (média de ocupação no mês) desceram a 40%, derrubando a rentabilidade para menos de 0,5% –o ideal é a renda mensal girar em torno de 1%.
Os flats começaram a proliferar na década de 80, quando várias empresas se interessaram por esse segmento da construção. Só a Gafisa, por exemplo, fez 20 prédios na cidade com essa finalidade.
Até 90, os investidores de flats obtiveram rendimentos atrativos –superiores aos da maioria das locações residenciais.
Mas com o agravamento da crise econômica no governo Collor, as taxas de ocupação despencaram.
Os útimos quatro meses têm sido marcados pela recuperação do setor. Ainda assim, as construtoras não planejam novos lançamentos.
São Paulo já conta com mais de cem desses empreendimentos, boa parte concentrados nos Jardins.
Hospedagem cara
A maioria das pessoas que procuram flats para hospedagem são executivos e outros profissionais que estão em São Paulo a trabalho, para uma permanência que geralmente não excede cinco dias.
Quem quiser ficar mais de 30 dias em um flat deve estar preparado para pagar caro, mesmo com o desconto de 50%, que os flats normalmente oferecem a quem se hospeda mais de um mês.
No Flat Poeta Drummond, por exemplo, que fica na r. da Consolação, o preço para mensalista em apartamento de um quarto (com 35 m2) é de R$ 1.815.
O valor inclui café da manhã, uso de telefone e vaga na garagem. No flat Saint German, em Cerqueira César), ficar 30 dias em um apartamento de 32 m2 custa R$ 1.275.

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