São Paulo, domingo, 13 de novembro de 1994
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Nasrin vai a reunião por liberdade de expressão

DAS AGÊNCIAS INTERNACIONAIS

A escritora bengali Taslima Nasrin, refugiada na Suécia em virtude das ameaças de morte que sofre de radicais islâmicos da Índia, esteve esta semana em Praga (República Tcheca), na reunião do PEN Clube, que terminou anteontem.
O PEN é uma entidade civil criada em 1921, na cidade de Londres (Inglaterra), para defender a liberdade de expressão.
Nasrin viajou secretamente, com o propósito de manifestar seu agradecimento aos membros do PEN, cuja mobilização pública possibilitou seu asilo na Suécia. A publicidade internacional e a solidariedade me libertaram, disse a escritora.
A presidente do Comitê de Autores Presos do PEN, Joanne Leedom-Ackermann, pediu oficialmente, durante o encontro, que os direitos humanos fossem respeitados em países como China, Vietnan, Bangladesh, e nações do Oriente Médio.
Um representante da Bósnia lembrou que em seu país um autor como Vladimir Srebrova esteve preso durante dois anos, e que esta também é a situação de outros escritores.
A participação de Taslima Nasrin na reunião, porém, pode ser considerada uma exceção no universo de escritores que hoje têm suas liberdades cerceadas.
O Nobel nigeriano Wole Soyinka, por exemplo, teve o passaporte cassado, impedindo seu comparecimento à reunião. O fato gerou um comunicado de protesto dos 500 delegados do PEN Clube.

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