São Paulo, domingo, 13 de novembro de 1994
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Aproveite o verão para lançar sorvetes

NELSON ROCCO
DA REPORTAGEM LOCAL

O aquecimento nas vendas do comércio e a chegada antecipada do calor fazem deste final de ano um momento particularmente interessante para investir em sorvetes.
É no período de outubro a março que se concentra cerca de 60% das vendas do ano. Para este verão, a Kibom –maior fabricante do país– já trabalha com a expectativa de aumentar em 9% as vendas, em relação ao ano anterior.
Com US$ 3.000 é possível entrar no mercado, produzindo picolés. Com esse investimento dá para comprar uma máquina para fabricar sorvetes, um freezer, uma batedeira, além de matérias-primas, palitos e embalagens.
Uma máquina Mini 50, que faz 48 picolés/hora, sai R$ 800 na R. Camargo & Giovanella. Freezers custam a partir de R$ 850.
A venda pode ser feita por ambulantes, com carrinhos ou geladeiras de isopor. Um carrinho com capacidade para 200 picolés da Giovanella custa R$ 230.
A rua Cantareira (região central de São Paulo) reúne vários fabricantes de máquinas, equipamentos e insumos para sorvetes.
Há lojas que vendem máquinas usadas. O preço de uma Picolab usada, que faz 500 picolés/hora, no Palácio do Sorvete é R$ 6.000. Uma nova custa R$ 10,5 mil.
Segundo Max Menasce, 40, sócio da Papelisa, o custo de produção de um picolé é R$ 0,05, em média e a venda pode girar em torno de R$ 0,30 cada, o que dá uma margem bruta de lucro de 500%.
Para o sorvete de massa, a margem pode chegar a 200%, afirma Renata Mesquita, 29, gerente de marketing da Marvi, que fabrica matéria-prima.
A Artegel dá assessoria para montagem de sorveterias e vende equipamentos e insumos. Amadeu Gonçales Filho, 45, dono, diz que com R$ 15 mil é possível montar uma loja de 30 m2, com um laboratório de 20 m2, incluindo máquinas, equipamentos e decoração.
"Para atingir o ponto de equilíbrio de uma loja desse tipo é vender 200 sorvetes por dia", diz . Segundo suas estimativas, o faturamento ficaria em cerca de R$ 6.000 por mês.
As receitas de sorvetes devem ser registradas no Ministério da Saúde. O certificado do ministério demora entre 90 e 120 dias para sair, mas com o protocolo já é possível trabalhar.
Fabricantes e revendedores de máquinas e matérias-primas mantêm cursos para quem pretende entrar no setor.
ONDE ENCONTRAR:
Artegel - tel. (011) 227-8204; Marvi - tel. (011) 871-4108; Palácio do Sorveteiro - tel. (011) 227-3495; Papelisa -tel. (011) 227-7887; R. Camargo & Giovanella - tel. (011) 229-4863.

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