São Paulo, terça-feira, 15 de novembro de 1994
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Covas e Rossi querem fim da Justiça Militar

LUÍS EDUARDO LEAL
DA REPORTAGEM LOCAL

Os candidatos ao governo de São Paulo Mário Covas e Francisco Rossi se manifestaram favoravelmente ao fim da Justiça Militar para apuração de crimes cometidos por PMs e a alterações no Código Penal que excluam privilégios concedidos a presos condenados.
Covas e Rossi responderam a questionário com 31 perguntas sobre segurança pública, formulado pelo Grupo de Familiares de Vítimas da Violência Policial, entidade integrada por parentes de pessoas mortas em ações da polícia.
A maior parte das perguntas comportava apenas duas opções de resposta: sim e não. "Foi o jeito encontrado para evitar que os candidatos fugissem às questões", diz a professora Heloísa Tupiná, que elaborou o "teste" com o deputado federal Hélio Bicudo (PT-SP).
Os candidatos responderam de maneira quase idêntica às perguntas. Em duas respostas, porém, acrescentaram comentários para definir melhor suas posições.
Respondendo sobre se "em seu governo a polícia militar será acionada para coibir manifestações da sociedade civil", Francisco Rossi respondeu "não, desde que manifestações ordeiras, nos termos da lei". Covas assinalou "não".
Em outra pergunta, se "em seu governo os familiares das vítimas da violência policial receberão indenizações devidas", Rossi evitou os espaços reservados ao "sim" e "não" e escreveu: "quem decide é o poder judiciário". Covas marcou "sim", "desde que o Estado seja acionado pela vítima" e que "exista sentença a respeito".
Covas também se alongou ao responder sobre emenda constitucional que prevê a desvinculação da PM do Exército. Escreveu muito mas não esclareceu se é contra ou a favor do projeto.

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