São Paulo, terça-feira, 15 de novembro de 1994
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Corpo de rapaz é encontrado em fazenda

ROGÉRIO MARTINEZ
DA FOLHA NORTE

Erramos: 16/11/94

O corpo do estudante Adriano Salim, de Catanduva, não foi encontrado dentro do Omega de seu pai, como afirma incorretamente a legenda da foto. O corpo foi encontrado em um lamaçal, como informa corretamente o texto.
O estudante Adriano do Espírito Santo Salim, 22, foi encontrado morto anteontem em uma fazenda entre Catanduva e Catiguá (405 km a noroeste de São Paulo).
A polícia aponta overdose de cocaína como uma das principais possibilidades para a morte.
O estudante era filho de Michel Salim, conhecido fazendeiro da região, que também tem propriedades em Rondonópolis (MT) e Londrina (PR) e mora com a família em Catanduva.
Ontem, ninguém da família quis falar sobre o caso. O cunhado do estudante Farid Felicio Casseb Filho disse que todos "estão transtornados" com a morte.
Adriano cursava faculdade em Lodrina, mas não foi informado em qual curso.
O estudante estava desaparecido desde sexta-feira, quando telefonou de uma lachonete para a mãe.
Ele disse que estava voltando para casa. Ele usava o carro do pai, o Omega placas BLT-4500.
O carro só foi encontrado no sábado à tarde, com o tanque vazio, na zona rural de Catanduva.
"O local é usado como ponto de encontro para casais e uso de drogas", diz o delegado Oscar Batista Luz, 50, que investiga o caso.
O corpo de Salim foi encontrado 24 horas depois, em um lamaçal da fazenda Zaire, em Catiguá.
No bolso, ele estaria com um pacote com cocaína, de acordo com a versão dos policiais.
Segundo a polícia, o estudante "já despareceu outras vezes, sempre depois de usar drogas e rodar com o carro até acabar o combustível".
Policiais da DIG (Delegacia de Investigações Gerais) começaram a percorrer ontem o caminho que o estudante fez antes de desaparecer.
A polícia já tem uma lista com nomes de amigos do estudante e bares que ele frequentava. Os nomes não foram divulgados.
O laudo final sobre a causa da morte de Adriano Salim será feito a partir de exames do IML (Instituto Médico Legal) de São Paulo.
O IML de Catanduva também vai fazer exames sobre a morte. As análises vão mostrar se o estudante consumiu drogas antes de morrer.
O caso será investigado em Catiguá, onde fica a fazenda na qual o corpo foi encontrado.
Segundo testemunhas, o corpo do estudante já se encontrava em avançado estado de decomposição.

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