São Paulo, quarta-feira, 16 de novembro de 1994
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Engenharia genética protege contra derrame

DAS AGÊNCIAS INTERNACIONAIS

Cientistas da Universidade da Califórnia em San Francisco (EUA) desenvolveram um método de engenharia genética capaz de fornecer proteção contra as lesões decorrentes de derrames cerebrais.
Nossos estudos mostram que ratos que herdaram (artificialmente) a capacidade de produzir quantidades anormalmente grandes de uma enzima em seus cérebros se recobram de traumas cerebrais em uma porcentagem maior do que ratos normais, diz Pak Chan, um dos autores da pesquisa.
A enzima –dismutase de superóxido– tem ação antioxidante, ou seja, tem a propriedade de neutralizar radicais livres –moléculas capazes de oxidar ( enferrujar) quase tudo o que está em volta.
Após um derrame cerebral –quando há rompimento de um vaso sanguíneo–, as células atingidas pelo sangramento são danificadas, tornando-as mais suscetíveis à ação dos radicais livres, que causam a morte celular.
Na pesquisa, os animais programados para produzir maiores quantidades da enzima se recuperaram mais rapidamente após o derrame, retendo maior controle dos movimentos.
Os estudos são iniciais e foram feitos apenas com animais de laboratório.
Os cientistas não revelaram se têm planejados experimentos com seres humanos.
Eles não deram previsões sobre quando um tratamento contra os efeitos de um derrame estará disponível no mercado.
Coração
Durante o Congresso da Associação Americana de Cardiologia, em Dallas, no Texas, cientistas da Universidade da Califórnia em San Diego divulgaram um método de produzir imagens claras e instantâneas do músculo do coração.
A técnica, uma combinação de ultra-som e injeções de corantes, só foi aplicada em animais de laboratório.
Se funcionar em seres humanos, poderá ser usada por médicos na determinação da área e extensão de um infarto, por exemplo, facilitando a escolha do tratamento mais adequado.

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