São Paulo, quarta-feira, 16 de novembro de 1994
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Gigantes da eletrônica preparam lançamento de nova geração de CD

DA "NEW SCIENTIST"

Uma nova geração de CDs está para nascer. Depois de um ano de negociações secretas, gigantes da eletroeletrônica na Europa e Japão prometem anunciar um lançamento que pode vir a ser a nova geração de mídias.
Trata-se do CD de alta densidade. O HDCD vai ter a mesma aparência que os tradicionais CDs. A diferença está na qualidade de armazenamento de dados, comportando mais tempo de gravação e oferecendo melhor qualidade.
A indústria de cinema também vai se beneficiar da nova tecnologia, uma vez que filmes de alta qualidade poderão estar em apenas um CD ao custo de menos de US$ 1 por impressão.
Empresas como a Philips, Sony, Matsushita e JVC estão por trás do lançamento do HDCD e afirmam que conseguiram romper as barreiras tecnológicas para produzir essa nova mídia.
Os primeiros discos podem estar à venda no início do próximo ano. O problema são os toca-CD e os leitores de CD-ROM atuais, que não conseguem ler os novos CDs.
Por enquanto, os únicos leitores de CD capazes de suportar o HDCD são os equipamentos de videodisco. Os fabricantes alegam que até o lançamento do HDCD, os equipamentos de CD-ROM e toca-CD poderão ler sem problemas os CDs de alta densidade.
Uma das vantagens do HDCD é a taxa de transferência. A nova mídia será capaz, segundo os fabricantes, de produzir imagens com taxas de 3 Mbits/s ou 4 Mbits/s. Outro compromisso do CD de alta densidade é oferecer pelo menos 104 minutos de gravação. Filmes de maior duração, por exemplo, poderão ser armazenados em dois discos.
Alguns analistas acreditam que a venda dessa safra de CDs não será bem recebida pelo mercado. Qualquer anúncio de uma nova geração de CDs significa matar a primeira geração.

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