São Paulo, quinta-feira, 17 de novembro de 1994
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Ressaca eleitoral; O 3º turno; Muito cacique...; Força do interior; Sem peso na consciência; Novo pólo; Elas por elas; Empurra-empurra; Como um todo; Selva partidária

Ressaca eleitoral
Do PT ao PPR, não resta dúvida entre políticos de que FHC e o PSDB foram os grandes vencedores da eleição. Mas a responsabilidade é diretamente proporcional. O temor tucano é repetir os erros do PMDB pós-Cruzado, em 86.

O 3º turno
Para fazer com que a vitória obtida na eleição para presidente e governador renda frutos, o PSDB terá que consolidá-la na eleição para as prefeituras em 96. Para isto, dependerá de boas administrações no Planalto e nos Estados.

Muito cacique...
Com a faca e o queijo na mão, o PSDB não tem desculpa para não realizar as metas a que se propôs na campanha. Os adversários acham que faltarão "quadros" ao partido: "O PSDB tem muita artilharia e pouca infantaria".

Força do interior
Todos os governadores eleitos no 2º turno até agora ganharam no interior de seus Estados. Mas quatro perderam nas capitais: Orleir Cameli (AC), Valdir Raupp (RO), Britto (RS), Albano Franco (SE).

Sem peso na consciência
FHC ficou aliviado com a vitória de Britto. Julgava-se responsável pela não-eleição do aliado no 1º turno. Mas tucanos próximos ao presidente eleito acham o contrário. "Fizemos o Britto", disse um deles anteontem, em São Paulo.

Novo pólo
O "PMDB gaúcho" vai se transformando no "PMDB do Sul". É que os peemedebistas do Rio Grande do Sul estão próximos dos colegas catarinenses, que venceram a eleição para governador.

Elas por elas
Líderes do PMDB avisam: se Luís Eduardo (PFL) for confirmado presidente da Câmara, FHC precisará "equilibrar" a situação dos peemedebistas. Ou seja, indicar um deles líder do governo.

Empurra-empurra
O PMDB sai das urnas como uma federação de partidos estaduais e FHC tentará transformar os gaúchos em seus principais interlocutores. Mas líderes de outros Estados já se articulam para ter espaço junto ao presidente eleito.

Como um todo
Senador eleito, Jáder Barbalho (PMDB-PA) acha que FHC cometerá um erro se tentar atrair parcelas do partido: "O PMDB tem que examinar a questão no atacado e não ser alugado no varejo", diz.

Selva partidária
O PPR sai da eleição como um partido amazônico. Só elegeu governadores no Acre, Amazonas, Tocantins e, talvez, Maranhão. Preocupados, alguns caciques acham que a bancada federal pode cair à metade na dança partidária.

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