São Paulo, sexta-feira, 18 de novembro de 1994
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PP discute fusão com PTB; grupo do PR é contra

DENISE MADUEÑO

DENISE MADUEÑO; RUI NOGUEIRA
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

Derrotado nas eleições, o PP (Partido Progressista) está rachado, discutindo a fusão com outro partido e com três caciques sem mandato.
Álvaro Dias perdeu a disputa ao governo do Paraná, Joaquim Roriz teve o seu candidato derrotado pelo PT no DF e Hélio Costa foi derrotado pelos tucanos em Minas.
A idéia de fusão com outra legenda é o motivo do racha. Uma parte dos parlamentares quer se juntar a outro partido para amenizar o desgaste com a derrota nas eleições –já conversaram até com o senador José Eduardo de Andrade Vieira, presidente do PTB.
A outra parte do partido quer virar governo entrando no bloco de apoio ao presidente eleito, Fernando Henrique Cardoso (PSDB).
Foi o líder do PP na Câmara, Raul Belém (MG), quem se reuniu com Vieira para discutir a fusão.
O PP do Paraná faz a maior resistência à união. O candidato derrotado ao governo, Álvaro Dias, é adversário de Vieira no Estado.
"Não queremos fazer uma fusão, mas integrar um bloco de apoio ao governo que, mais tarde, pode ser transformado em um grande partido com 300 parlamentares", afirmou o deputado Luiz Carlos Hauly (PP-PR).
"O PP vai implodir. As eleições impediam a disputa interna, mas agora haverá um grupo dissidente disposto a se somar com o PTB", afirmou o suplente de senador Pedro Teixeira, vice-presidente do PP do Distrito Federal.
Roriz e Vieira se aproximaram na eleição do DF apoiando o candidato derrotado Valmir Campelo (PTB). Para Teixeira, não há motivo para o PP e o PTB sobreviverem isolados.
Segundo Teixeira, no grupo ligado a Roriz e próximo a Vieira estão o ministro da Saúde, Henrique Santillo (PP-GO), a deputada Lúcia Vânia (PP-GO) e o senador eleito Bernardo Cabral (PP-AM).

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