São Paulo, sexta-feira, 18 de novembro de 1994
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Fornecimento de água pode ser suspenso na zona sul

DA REPORTAGEM LOCAL

O sistema de abastecimento de água nas zonas sul e oeste de São Paulo pode entrar em colapso até o fim de dezembro se não voltar a chover forte na cidade.
A represa Guarapiranga, que abastece os 280 bairros e 3,3 milhões de moradores das zonas sul e oeste, estava ontem com seu volume reduzido a 27,5% do normal.
Se o nível da represa cair para 15%, será impossível tratar a água e o abastecimento terá que ser suspenso até que o volume seja normalizado.
Segundo o professor do Instituto de Energia e Eletrotécnica da USP, Ildo Sauer, quando o nível das represas cai muito, as estações de tratamento captam mais lodo do que água, o que inviabiliza qualquer forma de tratamento.
Desde 3 de novembro, os bairros abastecidos pela Guarapiranga estão em sistema de rodízio.
O racionamento diminui o ritmo de queda do nível de água do reservatório.
A Sabesp (Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo) afirma que é difícil garantir a qualidade da água se a represa estiver com níveis extremamente baixos porque no fundo dos reservatórios existe grande concentração de sedimentos.
Márcio Riscala, assessor de imprensa da Sabesp, disse que quando o nível da represa chega a um estágio crítico, não adianta aumentar a quantidade de produtos químicos usados no tratamento da água.
"A solução é suspender o fornecimento de água", afirmou.
Em novembro, choveu 43,1 milímetros. Para alcançar a média mensal será preciso que chova três vezes mais até o dia 30.

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