São Paulo, sexta-feira, 18 de novembro de 1994
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Choque de policiais e grevistas fere 16

DA REPORTAGEM LOCAL

Aeroportuários da Infraero e aeroviários da Jet Cargo em greve entraram em conflito com PMs e policiais da Aeronáutica, ontem, por volta das 15h. Eles protestavam em frente ao Terminal de Carga Aérea em Guarulhos.
Pelo menos oito policiais aeronáuticos e oito grevistas ficaram feridos. Outros dois grevistas foram presos acusados de lesão corporal dolosa. Vários carros e uma lanchonete no local tiveram os vidros quebrados por pedras.
O separador de cargas Wanderlei Jesus Pereira, 23, tomou um tiro de raspão no braço direito e levou sete pontos no pulso.
O aeroportuário Sérgio Ramos Barbosa, 26, foi levado ferido ao Hospital Municipal de Guarulhos após, segundo os grevistas, ter sido espancado por dez PMs.
Segundo os grevistas, Barbosa teria corrido para escapar de tiros de um PM que o perseguia, mas foi alcançado e espancado.
O clima tenso começou por volta de 12h, quando os grevistas saíram em passeata do prédio da administração em direção ao terminal de cargas.
O caminhão de som do Sindicato Nacional dos Aeroportuários, ligado à CUT, ficou estacionado em frente ao terminal em área considerada de segurança pela Infraero (Empresa Brasileira de Infra-Estrutura Aeroportuária).
Diante da recusa dos grevistas, foi acionada a polícia da Aeronáutica e a PM. Os policiais aeronáuticos atiraram jatos de água contra grevistas e o caminhão de som.
Os grevistas teriam tentado se proteger deitando no chão, mas foram atingidos por cassetetes e revidaram com pedras e paus. Em seguida, a PM atirou bombas de efeito geral.
Segundo o major José Albano Bombini, responsável pelas tropas da Aeronáutica, "houve tiros dos dois lados". Os grevistas negam que tenham atirado.
O coronel Carlos Alberto da Costa, 49, comandante do policiamento da região de Guarulhos, disse que não houve confronto entre PMs e manifestantes.

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