São Paulo, sábado, 19 de novembro de 1994
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Aeroportuários decidem manter greve

DA REPORTAGEM LOCAL

Aeroportuários da Infraero e aeroviários da Jet Cargo, em Guarulhos (Grande São Paulo), decidiram ontem permanecer em greve.
A paralisação começou na última quarta. Os aeroportuários realizaram assembléia ontem com cerca de 200 pessoas e decidiram pela continuidade. A categoria tem 1.150 funcionários.
Na próxima segunda-feira, às 9h30, será feita uma audiência de conciliação no Tribunal Superior do Trabalho, em Brasília, para discutir a greve.
Em seguida, haverá uma assembléia dos trabalhadores. Segundo Pereira, até segunda-feira a greve será mantida.
Segundo o Sindicato Nacional dos Aeroportuários, 90% estão em greve. A Infraero diz que 30% aderiram e que todos os setores estão operando normalmente e os passageiros não foram afetados.
Sua assessoria de imprensa informou que há um revezamento de trabalhadores nos setores de informação, administração, manutenção, supervisão de limpeza e na fiscalização da sinalização de aeronaves feita pelas companhias.
O presidente do sindicato, João Braz Pereira, disse que essa fiscalização deve ser feita por pessoas especializadas. Ele disse que pode haver batidas entre os aviões no chão. A Infraero nega a existência de qualquer risco de acidente.
Discussão entre o Sindicato dos Aeroviários de Guarulhos, Sindicato Nacional dos Aeroportuários e funcionários da Jet Cargo impediu o fim da greve na empresa.
O sindicato e a Jet Cargo assinaram um acordo que previa estabilidade no emprego até o próximo dia 24, quando haverá uma assembléia para definir, entre outros pontos, o dissídio da categoria.
O acordo valeria se os funcionários voltassem ao trabalho até as 18h de ontem, sob pena de a Infraero romper o contrato.
Os funcionários não aceitaram o acordo. Até as 18h de ontem, continuava o impasse, alguns trabalhadores voltaram ao trabalho, mas um grupo de 50 pessoas continuava em protesto em frente ao Terminal de Carga Aérea.
Segundo os funcionários da Jet Cargo, 90% da categoria está parada, o sindicato fala em 70% e a empresa, 10%.
Os aeroportuários reivindicam 21% de reajuste, além de reajuste do tíquete-refeição. Os aeroviários querem 24% de reposição de perdas mais 15% de aumento real.

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