São Paulo, sábado, 19 de novembro de 1994 |
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Aparelho para mulheres urinarem em pé vende 3 milhões de unidades
RICARDO FELTRIN
No mercado brasileiro há dois meses, já foram vendidas cerca de 3 milhões de unidades. A idéia de produzir o aparelho –semelhante a um funil– foi trazida da Europa há quatro anos pelo publicitário José Mello Freire Neto, 37. Só passou a ser produzido este ano. "Minha mulher precisou usar um banheiro público quando estávamos na França. Lá davam um aparelhinho parecido. É de graça", diz Freire Neto. Segundo ele, a produção mensal de Higgfly é de 1,5 milhão de unidades –totalmente absorvidas pelo mercado nacional. O produto foi testado e aprovado pela Unicamp –que utiliza o produto para facilitar a coleta de urina para exames. A empresa afirma que o Higgfly também foi testado durante três anos com 25 mil brasileiras, "com aprovação de cerca de 90%". Devido à crise mundial de papel, a empresa foi obrigada a adiar a produção de outros modelos. Para o próximo ano, possivelmente em março, Freire Neto e seu sócio, Luiz Nadais, pretendem lançar o modelo para crianças. "Muitas mães têm horror que suas filhas sentem em sanitários públicos, ou mesmo na escola", diz o publicitário. Outro modelo, destinado exclusivamente ao uso hospitalar, deverá ser exportado para países europeus. O Higgfly tem patente no Brasil válida por 15 anos. O produto está à venda em farmácias e supermercados. O preço médio no varejo, segundo apurou a Folha, varia de R$ 1,00 a R$ 1,50 a caixa com três unidades. Segundo a empresa, o material com que é feito inclui germicida. É biodegradável e pode ser jogado no sanitário após ser utilizado. Texto Anterior: Justiça decide aumento Próximo Texto: Falta de sangue reduz número de cirurgias em hospitais públicos Índice |
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