São Paulo, domingo, 20 de novembro de 1994
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Hora da transição; O tempo passa; Os problemas de FHC; Mensagens contraditórias; O vôo do tucano; Curso de habilitação; Falha técnica; Zebra; Questão de distância; O número

Hora da transição
Acaba esta semana a lua-de-mel de FHC. O 2º turno já passou e os eleitos voltam do descanso. Já não haverá desculpas para adiar a definição de nomes e de projetos concretos. Até Itamar já disse que se sente "quase" um ex-presidente.

O tempo passa
Passados 48 dias da eleição de FHC, começam a crescer as críticas de empresários e políticos preocupados com a indefinição.

Os problemas de FHC
Os empresários se intranquilizam com a falta de perspectivas para solucionar o problema cambial, os políticos se impacientam com a falta de resposta às suas sugestões de nomes para o governo. Só mesmo Itamar está tranquilo.

Mensagens contraditórias
FHC já disse que a equipe econômica fica. Mas resta saber quem, já que Bacha quer ir para o BNDES, Malan para o FMI e Fritsch vai sendo afastado das decisões. Sobram Clóvis Carvalho, Pérsio Arida e Gustavo Franco.

O vôo do tucano
Ainda sem um articulador político definido, uma das opções de FHC é o ex-deputado Euclydes Scalco. Apesar de o elogiarem, caciques do PFL fazem uma restrição: está afastado há tempo demais para alçar vôos mais altos.

Curso de habilitação
Não pára em Gustavo Krause a lista de pefelistas convidados a ajudar na equipe de transição. FHC pediu sugestões de nomes ao partido. No PFL, este período de trabalho não-remunerado é visto como o vestibular para o governo.

Falha técnica
Na sexta, o zelo de uma faxineira do Ministério da Fazenda deixou a equipe econômica incomunicável. A funcionária lavou 40 telefones com sapólio e água, provocando curto em todos eles.

Zebra
Se Sarney e Simon trombarem na disputa pela presidência do Senado, Íris Rezende corre por fora. E, diz-se no PMDB, poderia ser bom para FHC: depois de eleger o governador de Goiás, o senador buscaria alinhar-se ao Planalto.

Questão de distância
O entorno de FHC prevê que haverá 35 representantes de governos estrangeiros na sua posse. Presidentes, só os latino-americanos. Por uma razão: são os únicos que podem chegar a tempo sem ter que passar o réveillon no Brasil.

O número 2
Tradicional reduto do "coronelismo", o Piauí elegeu como vice do governador Mão Santa (PMDB) um sindicalista rural. Osmar Araújo é tucano e campeão em número de processos na Justiça contra fazendeiros locais.

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