São Paulo, domingo, 20 de novembro de 1994 |
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Questão de protocolo Nos primeiros dias após a eleição, Fernando Henrique dedicou-se a confundir a imprensa que tentava seguir o presidente eleito. Em Brasília, chegou ao requinte de mandar o avião de seu uso estacionar nos hangares mais diversos, só para perturbar os repórteres. No final de outubro, um grupo destes repórteres corria de hangar em hangar à procura de pistas sobre a chegada de FHC quando avistou em um deles o embaixador Júlio César Gomes dos Santos. Era a deixa. Júlio César é um assessor informal de FHC, conhecido em Brasília por estar sempre ao lado do tucano. Os jornalistas se postaram ali, de prontidão. O tempo foi passando, e nada de FHC aparecer. Até que um repórter, desconfiado, decidiu testar Júlio César: – Embaixador, por acaso o senhor está aqui para despistar a imprensa quanto à chegada de Fernando Henrique? Júlio César encheu o peito: – Você acha que Fernando Henrique usaria um embaixador para despistar a imprensa? Para isto a gente usa é terceiro-secretário. Para alívio do embaixador, FHC chegou 20 minutos depois. Texto Anterior: Cintura fina; Outra vez; Em defesa; Alvo certo; Momento oportuno; Entressafra; Entrando em cena Próximo Texto: PSDB elegeu governadores de São Paulo, Rio e Minas Índice |
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