São Paulo, domingo, 20 de novembro de 1994
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Livro causa 'tititi condominial' no Copan

MAURICIO STYCER
DA REPORTAGEM LOCAL

Um livrinho de contos conseguiu acabar com o que restava de tranquilidade no edifício Copan, um condomínio de 1.160 apartamentos e cerca de 5.000 moradores no centro de São Paulo.
O "tititi condominial", na definição da própria autora da confusão, a cineasta Regina Rheda, pode acabar na Justiça.
Diretora dos curtas "Fuzarca no Paraíso" e "Folguedos no Firmamento", Regina acaba de lançar "Arca Sem Noé" (Paulicéia, R$ 11,50), totalmente inspirado nos seus vizinhos de Copan.
Uma das "vítimas" de Regina é o dramaturgo Plínio Marcos, retratado no conto "O Mau Vizinho" como um homem "sujo e mal vestido" e com "hálito de esgoto".
Em outro conto, "A Prostituta", Regina escreve que o síndico do edifício ganha 5% do faturamento de uma prostituta que mora –e trabalha– no Copan.
Em "A Mulher de Branco", a autora dá detalhes picantes da vida de uma famosa moradora do prédio, conhecida como Santinha, que só se veste de branco e faz pregações religiosas pelo centro da cidade com um megafone.
Affonso Celso Prazeres de Oliveira, o síndico, e Maria de Lurdes Batistella, a Santinha, prometiam, na semana passada, interpelar Regina na Justiça.
Plínio Marcos, vizinho de porta da autora, não pode nem ouvir falar no nome de Regina. Segundo amigos, a vingança do dramaturgo virá na mesma moeda –em forma de livro.

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