São Paulo, domingo, 20 de novembro de 1994 |
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Crediário avança no Natal
FÁTIMA FERNANDES; MÁRCIA DE CHIARA
A previsão é de Emílio Alfieri, economista da Associação Comercial de São Paulo (ACSP). Na primeira quinzena de novembro, os números do SPC, que refletem os negócios no crediário, já mostravam alta de 20,5% sobre igual período de 1993. Além da retomada do crediário com prazos mais longos por boa parte das lojas, explica o economista, a entrada do 13º salário deve dar fôlego às vendas. "Com as medidas para conter o crédito editadas no final de outubro, o governo conseguiu reduzir o crescimento do crediário na margem", diz o economista Flávio Nolasco, da Brasilpar. A venda a prazo cresceu 46,7% em agosto sobre igual período de 1993 e 36,5% em setembro. Depois do pacote, em outubro, a alta foi de 27,4% em relação ao mesmo mês do ano anterior, segundo dados da ACSP. "As vendas a prazo estão mais comedidas, mas continuam crescendo", afirma Antonio Mafuz, dono da rede de lojas Mafuz, especializada em eletrodomésticos. Ele pretende vender neste Natal 25% mais do em 1993. "O consumo da classe C continua aquecido porque as lojas retomaram o crediário com recursos próprios", diz Natale Dalla Vecchia, sócio da rede Cem. A empresa trabalha com crediário de nove prestações e juros de 9% ao mês. A perspectiva é de vender 50% mais em dezembro sobre o mesmo mês de 1993. "Só não vamos vender mais porque falta mercadoria", diz Dalla Vecchia. Essa também é a avaliação de Heraldo Infante, diretor da Casa Centro. "Poderíamos crescer 22%, se não houvesse falta de produtos", diz Infante. Alguns artigos importados, explica, deveriam ter chegado às lojas em outubro. A empresa espera faturar em dezembro 15% mais do em igual período de 1993. A diretoria da Arapuã informa que mantém neste mês o ritmo de vendas de outubro. Para dezembro, a empresa diz que deve ocorrer uma guerra de estratégias para atrair o cliente. (FF e MCh) Texto Anterior: Venda com cartão deve crescer 10% Índice |
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