São Paulo, domingo, 20 de novembro de 1994
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Portuguesa teme violência hoje no estádio Caio Martins, em Niterói

WILSON BALDINI JR.
DA REPORTAGEM LOCAL

O time do Botafogo não é a principal preocupação da Portuguesa, hoje, às 17h, no estádio Caio Martins, em Niterói.
"Temos certeza que nós e o juiz sofreremos grande pressão durante todo o jogo", disse Ilídio Lico, vice-presidente da Portuguesa. "Temos um receio muito grande do que pode acontecer."
Os dois times já se enfrentaram, dia 18 de setembro, em Niterói, com vitória dos cariocas por 1 a 0, gol do artilheiro Túlio, no 2º tempo.
"Muitos diretores do Botafogo ficam à beira do gramado ameaçando o juiz o tempo todo", afirmou Lico. "Não sei porque o estádio deles não foi interditado pela CBF."
A Confederação Brasileira de Futebol chegou a propor uma rodada dupla, no Maracanã, juntamente com Fluminense e Santos, que jogam no mesmo horário.
Mas a diretoria botafoguense não aceitou. "Posso imaginar o que eles pretendem fazer conosco", disse o técnico Candinho.
"Os cariocas estão correndo o risco de ficar sem time na final", disse Lico. "Por isso o problema pode ser maior ainda", completou o dirigente.
Lico disse que entrou em contato telefônico com a CBF "exigindo garantias de segurança e um bom trabalho do juiz."
"Conversamos também com a Federação Sergipana pedindo para que o juiz tenha calma", disse Lico, se referindo a Sidrack Marinho.
Para a partida de amanhã, o técnico Candinho fará duas alterações no time.
O volante Luís Simplício entra no lugar de Norberto, suspenso com três cartões amarelos.
No ataque, Tiba retorna ao time após cumprir suspensão. O meia Márcio Griggio fica como opção no banco de reservas.
Candinho disse que a equipe precisa de mais quatro pontos para garantir sua participação nas quartas-de-final do Campeonato Brasileiro, como primeiro colocado nr Grupo E.
"Por isso uma vitória hoje é importante", afirmou. "Teríamos mais duas partidas para realizar, precisando de dois pontos".
Candinho acredita que o time está "perto de alcançar um equilíbrio entre a defesa e o ataque".
"A Portuguesa tinha uma defesa estável, mas o ataque só está atingindo um bom nível nesta segunda fase. Nas quartas-de-final poderemos alcançar o ideal", afirmou.
O goleiro Paulo César pretende iniciar uma nova fase sem levar gols. O jogador sofreu apenas 13 gols em 22 jogos e teve sua invencibilidade de 584 minutos, quebrada na quinta-feira diante do Palmeiras, na vitória de 3 a 1.
"Invencibilidades são comuns em minha carreira", disse Paulo César, que foi o goleiro menos vazado do Brasileiro de 85, atuando pelo Sport de Recife.
"Levei apenas 14 gols em 27 jogos", disse o goleiro, que aponta o trabalho da zaga da Portuguesa como um dos responsáveis pelo seu êxito.

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