São Paulo, domingo, 20 de novembro de 1994
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Irene e Othon gravam o final de "Éramos Seis"

DA REPORTAGEM LOCAL

Irene Ravache gravou na quarta-feira passada sua última cena em "Éramos Seis". Mal-humorada –por conta da alergia que sofreu com o produto usado para embranquecer seus cabelos–, a atriz contracenou com Othon Bastos.
O ator, que estava afastado da trama desde a morte de seu personagem, Júlio, mostrava-se nitidamente satisfeito em estar no set de gravação.
A cena –dirigida por Henrique Martins no largo São Francisco, em São Paulo– mostra Lola (personagem de Irene Ravache) em uma igreja.
Enquanto faz suas orações, Lola vê a imagem do marido morto, Júlio. A conversa do casal será o último capítulo da novela, que vai ao ar nesta sexta-feira.
O interior da igreja ficou envolto por uma névoa –na verdade, gelo seco– e fazia lembrar alguns momentos de "A Viagem", a trama espírita recentemente apresentada pela Rede Globo.
"Éramos Seis" chega ao fim com um saldo positivo. A média de audiência mantida em 15 pontos não chegou a ameaçar a hegemonia da Rede Globo, mas alcançou o objetivo da equipe do SBT: manter um público fiel do começo ao fim da trama.
Com sua próxima novela, "As Pupilas do Senhor Reitor", a emissora tenta sedimentar, pela quarta vez nos últimos anos, seu núcleo de teledramaturgia.
As primeiras tentativas ocorreram entre 1982 e 86, quando a emissora chegou a produzir mais de 15 títulos –a maioria adaptações de roteiros mexicanos, sem a menor expressividade.
Em 89, o SBT apostou na produção independente e lançou "Cortina de Vidro" –um fracasso de audiência. Em 90, o "trunfo" era Walter Avancini –levado à emissora para criar o núcleo de novelas. Sua única realização, "Brasileiros e Brasileiras", custou US$ 6 milhões e não emplacou.

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