São Paulo, domingo, 20 de novembro de 1994 |
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Elys Marina se orgulha de ser símbolo de TV sem identidade
MARCELO DE SOUZA
Aos 29 anos, Elys se transformou em símbolo de uma emissora que prima pela falta de identidade e vive fase de experimentação eterna. "A TV ainda está se estruturando", diz Elys, confirmando a tese. No ar desde 91, a programação se apóia em documentários burocráticos feitos por consulados estrangeiros –reprisados "ad nausean"– e campeonatos de futebol de salão. Há também o programa de Elys Marina –aliás, uma overdose dele. "São Paulo Hoje" entra no ar três vezes ao dia: a primeira vez, ao vivo, às 19h, seguida de duas reprises, às 23h e às 12h30 do dia seguinte. Comandando o programa ao lado de Maria Lúcia Mota, Elys entrevista atores, médicos, músicos, esportistas –enfim, qualquer pessoa que valha alguns minutos de prosa e salve a produção da difícil tarefa de encontrar três entrevistados por dia. A pequena estrutura da emissora –que conta com doze pessoas no departamento de jornalismo– parece não incomodar Elys em nenhum momento. Sua falta de pretensão fez com que se empenhasse –e se empenhe– com afinco na missão de entrevistadora, sem se importar com a audiência. Se tivesse medição, seu programa dificilmente ultrapassaria a barreira do traço. Elys começou a trabalhar na TV em 84 –como telefonista da Bandeirantes. Por causa da "boa aparência" e da desenvoltura virou uma das apresentadoras do "Show do Esporte" um mês depois. Foi parar na TV Jovem Pan assim que chegou da Itália –onde morou por um ano, com o marido, um corretor de ações. "Sempre achei que eu fosse ficar escondidinha aqui na TV, mas nas ruas as pessoas me reconhecem como a moça da Jovem Pan", diz Elys, com um certo orgulho. E não são só as pessoas que a param na rua: recentemente duas emissoras sondaram a apresentadora que, por enquanto, mantém segredo sobre o assunto. Texto Anterior: Só muda o elenco de "Irmãos Coragem" Próximo Texto: "Cia. de Música" estréia hoje na CNT Índice |
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