São Paulo, segunda-feira, 21 de novembro de 1994
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Mais um Mundial

Mais um Mundial
CIDA SANTOS
A bola começa a rolar amanhã em

CIDA SANTOS

A bola começa a rolar amanhã em mais um Mundial disputado em terras brasileiras. Agora é a vez de os clubes decidirem quem é o melhor. São seis equipes: Leite Moça, BCN, Camaguey (Cuba), Uralochka (Rússia) e as italianas Ecoclear e Matera. Fique de olho porque três das melhores levantadoras do mundo estarão em ação nesse campeonato.
Fernanda vai estrear no Leite Moça, a peruana Rosa Garcia jogará pelo BCN e a croata naturalizada russa Irina Parkhomtchuk defenderá o Ecoclear. Três levantadoras, três estilos diferentes.
A mais alta é Fernanda. Tem 1,81 m e vive seu melhor momento. Há pouco mais de dois meses, no Grand Prix, foi eleita a melhor jogadora e levantadora. Tem uma precisão fantástica. Coloca a bola onde quer. No Leite Moça, ela terá ao seu lado três titulares da seleção: Ana Moser, Ana Paula e Ida.
Rosa Garcia faz parte da geração vencedora do vôlei peruano. Foi vice-campeã olímpica em 88 e no mês passado, no Mundial do Brasil, disputou sua última competição pela seleção do seu país.
Tem uma formação mais asiática. Grande parte de sua carreira treinou com Man Bok Park, técnico coreano que comandou a seleção peruana por longos anos.
Irina Parkhomtchuk deslumbrou o mundo do vôlei no Mundial de 90. Ela foi campeã pela então União Soviética e acabou sendo eleita a melhor jogadora da competição. O técnico do Leite Moça, Sérgio Negrão, a define como "show-girl".
Irina tem um estilo único: ela levanta de frente para a rede, ou seja, fica de lado para a sua atacante. Com isso, torna-se um enigma para o adversário. Fica difícil saber se Irina vai levantar ou desferir uma de suas mortais bolas de segunda. Resultado: o bloqueio acaba tendo que saltar com ela.
O Mundial também terá um ataque da pesada. Se você gostou de ver Mireya Luis de perto, prepare-se agora para conhecer a norte-americana Keba Phipps, a estrela do Matera, tricampeão italiano.
Há quem considere Phipps a melhor atacante do mundo depois de Mireya. É o caso do técnico Sérgio Negrão.
Phipps, de 25 anos e 1,92 m, deixou a seleção dos EUA há três anos. No Matera, ela é fundamental. Nas três partidas que decidiram o último título italiano, o time fez 441 ataques. Phipps bateu 51,2% dessas bolas, ou seja, 226. Então você já sabe: nessa equipe, a maioria das jogadas é bola alta para a Phipps.

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