São Paulo, segunda-feira, 21 de novembro de 1994
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Aos 17, Liv Tyler se prepara para o 3º filme

DANIELA ROCHA
DE NOVA YORK

Liv Tyler, 17, é um dos jovens talentos que de cara chamam atenção da mídia e do público. Filha do vocalista da banda Aerosmith, Steven Tyler, Liv faz parte da geração saudável, informada sobre Aids e determinada a seguir uma carreira que já está decolando.
Aos 14, começou a fazer fotos como modelo, o que a obrigou a diminuir o ritmo dos estudos. "Na época, eu era apenas uma criança", diz. Hoje, ela se dedica a ser uma atriz. Sua estréia em grande produção aconteceu em outubro, nos EUA, no filme "Silent Fall", atuando ao lado de Richard Dreyfuss, sob direção de Bruce Beresford.
Liv já fez outro filme, "Heavy", no qual faz o papel da namorada de Evan Dando (vocalista e guitarrista da banda Lemonheads). Seu próximo projeto é participar do filme "Empire", que se passa em um dia e "é um filme sobre rock'n'roll". No ano passado, participou da gravação do clipe da música "Crazy", de Aerosmith.
Folha – Como foi a sua estréia como atriz em uma produção grande como "Silent Fall"?
Liv Tyler – Assisti ao filme só uma vez. Fiquei realmente assustada com tudo o que estava me acontecendo ao me ver atuando.
Folha – Que tipo de preparação você fez para assumir o papel?
Liv – Como o filme envolve o tema do autismo, estudei e discuti muito sobre isso com o elenco e direção. Gostaria de ter tido mais tempo de discussão, porque pensei que soubesse o que fosse autismo, mas na verdade é uma questão muito mais complicada do que imaginava.
Folha – Por que você decidiu se tornar uma atriz?
Liv – Foi na verdade algo que percebi que era capaz de fazer, que me sentia bem fazendo. Apesar de ser uma rotina agitada, nunca me senti pressionada. É realmente um ambiente que gosto de trabalhar e estou me dedicando ao máximo para continuar aqui.
Folha – Como é sua relação com seu pai? Existe algum choque de gerações entre vocês?
Liv – Minha relação com meu pai é boa, conversamos sobre tudo abertamente. Pertencemos a diferentes gerações, mas ele é o tipo de pessoa que fez questão de alertar sobre drogas e Aids.
Acho que faço parte de uma geração que tem todas as informações necessárias para encontrar rapidamente o que quer e conseguir realizar o que quer –porque é apenas uma questão de escolha. É bem diferente da geração do meu pai, que tinha que experimentar de tudo para então decidir o que queria.
Folha – Em algum momento você pensou em ser cantora, por influência do seu pai?
Liv – Sim, se não fosse atriz, acho que seria cantora porque sempre adorei cantar. Adoro música. Adoro Aerosmith, Led Zeppelin, Jimmy Hendrix. Gosto também da Courtney Love. E até dos clássicos.
Folha – Você parou de estudar?
Liv – Não, mas como no ano passado fiz dois filmes e não consegui me dedicar à escola. Então conclui a oitava série no ano passado, fiz o primeiro colegial em curso intensivo durante o verão e agora estou no segundo colegial.

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