São Paulo, segunda-feira, 21 de novembro de 1994
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Interior tem 1º dia de Fuvest tranquilo

DA FOLHA NORDESTE E DA FOLHA VALE

Cerca de 220 vestibulandos deixaram de comparecer às provas no primeiro dia da primeira fase da Fuvest ontem em Ribeirão Preto (319 km ao norte de São Paulo).
Cerca de 8.700 estudantes se inscreveram na Fuvest 94 em Ribeirão. Foram realizadas provas em 14 locais da cidade.
Em São José dos Campos, o primeiro dia de provas da Fuvest foi tranquilo.
O vestibular aconteceu em quatro locais na cidade, com um total de 3.494 estudantes inscritos. O exame começou às 13h45. Ninguém chegou atrasado aos locais das provas.
Aélio de Lyrio Ribeiro Júnior, 18, chegou na quarta-feira passada da Bahia. Ele deixou Eunápolis, onde mora, para prestar vestibular para medicina em São José.
A Associação Atlética Acadêmica Rocha Lima da Faculdade de Medicina da USP (Universidade de São Paulo) de Ribeirão Preto (SP) montou barracas para medir a pressão dos vestibulandos antes da prova da Fuvest.
"Eles ainda são jovens e têm uma boa saúde. A ansiedade em relação ao vestibular influi muito pouco na pressão", disse Barra.
Na entrada da Unaerp (Universidade de Ribeirão Preto), local que recebeu o maior número de candidatos, os cursinhos da cidade montaram um verdadeiro cordão de "guerra". Chocolates, balas, dropes e água eram distribuídos aos vestibulandos.
A candidata Sílvia Helena Negrini, 17, veio em um dos quatro ônibus de Bebedouro (82 km de Ribeirão). Ela comeu um rápido lanche na entrada da Unaerp e se mostrou confiante na aprovação.
"Fiz uma oração e tenho muita fé que vou conseguir passar." Ela está terminando o terceiro colegial e disputa uma vaga em letras.
Sílvia disse que voltou cedo para casa anteontem à noite. Prevenida, a estudante acordou adiantada ontem e revisou parte do material de estudo.
"Tenho dificuldades em física. Mas estou tranquila em relação a prova de inglês.", disse ela.
Ernani Bronzatt, 19, que disputa uma vaga no curso de medicina, preferiu sair no sábado à noite e nem se preocupou em estudar na véspera do vestibular.
"Já sofri o ano inteiro. Além disso, não é em meia hora que eu vou aprender alguma coisa", disse Bronzatt.
Na sua opinião, a prova de inglês deve trazer mais problemas. "A de biologia, eu tiro de letra."
Tais Mendonça, 17, estudante de Taquaritinga (83 km de Ribeirão), trazia no bolso da calça um "santinho". "Sempre é bom acreditar em alguma coisa".
A adolescente disputa uma vaga no curso de odontologia. Caso consiga ser aprovada, Tais promete tomar um "porre" bancado pela irmã. "Quero comemorar."

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