São Paulo, terça-feira, 22 de novembro de 1994 |
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Fuvest revista alunos após exame de domingo
LARISSA PURVINNI
Um dos revistados, o candidato a filosofia E.A.M.F., 21, que não quis se identificar, reclamou da abordagem do policial. "Disseram para eu me dirigir até a sala da coordenação. Fiquei nervoso. Pensei: 'O que será que eu fiz?"', conta o aluno, que teve sua carteira e casaco revistados. O diretor da Fuvest, Alceu Gonçalves de Pinho, confirma o incidente. Diz que a revista ocorreu porque o coordenador do local de exame ouviu um ruído que identificou como sendo de transmissão de mensagem por rádio. O delegado Silvio Tinti compareceu ao IME acompanhado de dois investigadores, um deles especializado em radiotransmissão. "Foram detectados ruídos que não caracterizavam transmissão de mensagens", diz Pinho. "Não foi identificada a fonte." Mesmo assim, tomaram a decisão de revistar os candidatos que saíam da sala no momento, para verificar se eles não estavam com nenhum aparelho de recepção ou transmissão de mensagens –como telefone celular e "pager". "Foi o único local de exame em que isso aconteceu", diz o diretor. Segundo ele, nos dois anos em que ele trabalha na instituição, não tem notícia de algo semelhante. "Foi um procedimento de rotina, com o objetivo de resguardar os próprios vestibulandos. Não devemos dramatizar o caso", diz. Já com a finalidade de evitar a cola, a Fuvest inaugurou no exame de anteontem o uso provas de cinco cores diferentes –em cada cor a ordem das matérias era diferente. O vestibular da Fuvest continua no dia 4 de dezembro, com química, matemática, história e geografia. Texto Anterior: Matrícula para primeiro grau em escola municipal começa hoje em SP Próximo Texto: 7.500 homens participam da operação verão Índice |
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