São Paulo, sábado, 26 de novembro de 1994
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Supermercados voltam a reajustar preços

MAURO ZAFALON
DA REDAÇÃO

Após três semanas com preços praticamente estáveis, os supermercados voltaram a reajustar seus produtos com maior velocidade. A alta foi de 1,06%, em média, a maior taxa em seis semanas.
A pressão ocorreu também nos hipermercados, onde o aumento na semana foi de 1,03%, taxa inferior ao 1,22% de elevação do período anterior.
Os dados são do Datafolha, que pesquisa preços de 96 itens em 18 supermercados e 18 hipermercados de São Paulo. A pesquisa abrange os setores de alimentos, produtos de limpeza e artigos de higiene e de beleza.
Com o aumento desta semana os preços praticados pelos supermercados estão 3,1% abaixo dos do final de junho, enquanto nos hipermercados a queda acumulada é de 5%.
O custo dos alimentos básicos também subiu na semana. A alta foi de 0,97%, segundo pesquisa do Datafolha. As maiores pressões na cesta de alimentos vieram do pãozinho e da carne de porco.
A carne bovina, refletindo a tendência do atacado, teve queda de preço, enquanto a de frango ficou 2,8% mais cara.
Procon
A única pesquisa a registrar queda de preços na semana foi a do Procon, feita em convênio com o Dieese.
A queda ocorreu porque a pesquisa tinha registrado forte aceleração dos preços no final da semana passada, quando o custo médio registrou o segundo maior patamar no real. A retração na semana foi de 1,3%.
As maiores pressões nos supermercados ficaram por conta de produtos de higiene e de limpeza.
Os paulistanos que fizeram suas compras nestes estabelecimentos pagaram 2,14% mais pelos produtos de higiene e 1,76% mais pelos artigos de limpeza.
Nos hipermercados os reajustes foram maiores ainda: 2,66% e 3,13%, respectivamente.
Os alimentos industrializados também pressionaram. O Datafolha registrou aceleração de 1,88% nos enlatados e 0,4% nos matinais.
O feijão, apesar da redução de 11% no atacado na semana, teve seu preço reajustado em 3,26% no varejo. O arroz, devido à melhora de oferta, principalmente de produto importado, registrou queda de 2,23% na semana. Os preços pagos aos produtores recuaram 0,7% no período.

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