São Paulo, sábado, 26 de novembro de 1994
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Para o Sport, auditores cederam a pressões

MÁRIO MAGALHÃES
DA SUCURSAL DO RIO

O presidente do Sport, Vanderson Lacerda, disse depois do julgamento que os auditores cederam à pressão de Palmeiras e São Paulo.
"Estou desestimulado para concorrer a mais dois anos de mandato no clube. Já estou lá há quatro anos", disse.
"Minha consciência não permite conviver num meio assim. O futebol é coisa séria."
O dirigente responsabilizou o presidente da Federação Paulista, Eduardo José Farah, pela decisão do Tribunal Especial.
"Farah ameaçou retirar os clubes paulistas do campeonato. Se a votação não tivesse sido interrompida na terça-feira, quando ganhávamos por três votos a um, ganharíamos. Hoje, eu já sabia que estava tudo decidido contra nós."
Ele confirmou que o clube vai recorrer ao STJD.
Lacerda participou de um movimento de bastidores que teve como articulador mais importante o vice-presidente da CBF Carlos Alberto Oliveira.
Pernambucano, ele esteve no Rio desde o começo da semana. Oliveira é irmão do presidente da Federação Pernambucana, Fred Oliveira, o "Fred Barulho", o mais importante aliado do presidente da CBF, Ricardo Teixeira.
O auditor Emanuel Viveiros de Castro, na sua exposição prévia ao voto, fez críticas ao Código Brasileiro Disciplinar de Futebol é à ritualística do tribunal.
"A redação do artigo 312, que fala em rixa, conflito ou tumulto, não os define. Não é um primor de clareza."
Pediu que os jogadores sejam chamados nos processos pelo apelido. "Não tem sentido falarmos em Luís Costa quando o jogador é conhecido por Muller", exemplificou.
(MM)

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