São Paulo, domingo, 27 de novembro de 1994 |
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Perguntas 'chatas' exigem jogo de cintura
DENISE CHRISPIM MARIN
Depois de pedir demissão da empresa onde trabalhava e passar nove meses na Inglaterra, ela voltou ao Brasil e há dois meses enfrenta maratonas de entrevistas em busca de uma recolocação. Seu currículo foi pinçado entre os 1.300 arquivados no banco de dados da Potencial, consultoria em seleção de profissionais para empresas. Sua experiência preenchia os requesitos de uma companhia de prestação de serviços que criou o cargo de gerente de marketing. Ariadna, formada em publicidade, foi entrevistada durante uma hora e meia pelo consultor Oswaldo Donatelli, 52, sócio da Potencial. Saiu dali com seu nome na lista dos cinco candidatos indicados para a entrevista final. Ótima postura, equilíbrio, maturidade, empenho na execução de tarefas e auto-suficiência foram as características anotadas por Donatelli na ficha de Ariadna. Alguns desses adjetivos foram posteriormente checados com um dos seus antigos chefes. Outros detalhes que pesaram na indicação pelo consultor, além da boa formação acadêmica e experiência profissional da candidata, foram suas atividades fora do trabalho. Ao responder uma questão sobre o assunto, a publicitária disse que estuda violão, gosta de cinema, shows, bons restaurantes e de ler romances e biografias. "Isso mostra que ela se preocupada com outras formas de realização, além do trabalho, e com aspectos culturais", diz Donatelli. Ariadna diz ter aprendido a se sair bem de perguntas "chatas". "Não entendo o motivo, mas sempre me perguntam por que ainda não me casei. Não daria tempo para dizer tudo o que penso, então digo apenas que algumas coisas na vida não podem ser programadas." Texto Anterior: Currículo pode distorcer fatos Próximo Texto: Empresa multinacional faz sabatina em inglês Índice |
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