São Paulo, domingo, 27 de novembro de 1994 |
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Intervenção estatal divide candidatos
SÔNIA MOSSRI
O presidente Luis Alberto Lacalle conseguiu mecanismos de proteção para mais de 380 produtos, os quais não terão tarifa zero na união aduaneira que se inicia a partir de 1º de janeiro entre Brasil, Argentina, Uruguai e Paraguai. A tarifa desses produtos entre os demais países do Mercosul irá baixando gradativamente até chegar a zero no ano 2001. O ex-presidente Julio Sanguinetti critica o atual governo por não desenvolver uma política industrial. Ele promete dar incentivos fiscais para a indústria. Ele cita o Brasil e a Argentina como exemplos de países que estimularam o crescimento do parque industrial mediante a concessão de incentivos e subsídios à indústria. No governo Lacalle, muitas indústrias uruguaias faliram ou fecharam, o que contribuiu para o aumento do desemprego, que atinge hoje a marca de 10%. Já o candidato do governo, Alberto Volonté, afirma que a política de concessão de incentivos à indústria nacional é perigosa porque pode privilegiar as ineficientes. A diferença entre Sanguinetti e Volonte com relação à política econômica não se limita ao Mercosul. Sanguinetti é contrário ao programa de privatização generalizado de estatais, defendido pelo governo Lacalle e por Volonté. Sanguinetti já avisou que se ganhar as eleições não pretende privatizar a Antel –estatal do setor de telecomunicações. Tabare Vasquez, da Frente Grande, promete o crescimento da produção, gerando empregos. Seu programa prevê o corte nas alíquotas do Imposto sobre Valor Agregado para reduzir a pressão sobre o setor produtivo e gerar mais empregos. (SM) Texto Anterior: Independência gerou partidos Próximo Texto: EUA buscam ingresso no 'Século Pacífico' Índice |
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