São Paulo, domingo, 27 de novembro de 1994 |
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Ainda dá tempo para abrir bazar de Natal
INÊS CASTELO
Mas é preciso agir rápido. O ideal é que o evento aconteça até o dia 20 de dezembro. As previsões da Federação do Comércio do Estado de São Paulo (Fcesp) são animadoras: apontam para um crescimento de 33% nas vendas em dezembro, em relação a novembro, e de 18% a 20% no ano, em comparação a 93. A organização de um bazar, em geral, não exige grandes investimentos. As peças são cedidas sob consignação e as despesas com divulgação, decoração e aperitivos, divididas entre os participantes. O organizador fica com cerca de 30% sobre as vendas. A princípio, o bazar pode ser montado em qualquer lugar, desde que o espaço disponível seja de pelo menos 50 m2. A advogada Branca Facciolla, 30, usou a sala de sua casa para montar um bazar de um dia, no Natal do ano passado. Reuniu peças de dez empresas e produziu convites por computador, que foram distribuídos a amigos. "Em um dia ganhei US$ 400." Segundo ela, a preparação começou duas semanas antes e se limitou a telefonemas. "Meus custos foram praticamente zero." Há quem aposte em bazares mais produzidos. É o caso de Marta Meyer, 40, que trabalha com tecelagem manual, e há cerca de um mês prepara, com uma amiga, um bazar no seu ateliê, previsto para os dias 19 e 20 de dezembro. Ela faz bazares desde 85 e afirma que o negócio vale a pena, principalmente no Natal e Dia das Mães. "Além de ficar com 20% das vendas dos outros, consigo aumentar a saída das minhas peças." Simone Levy, 33, dona da Mercado Babilônia, usa o bazar como estratégia para divulgar sua loja. A produção do evento, que vai de 3 a 11 de dezembro, envolve a distribuição de 3.000 convites e a seleção de 25 participantes, entre fabricantes de brinquedos, comidas, roupas e acessórios. Os gastos, estimados em R$ 1.000, são divididos entre os expositores. Mari Pini, dona da Via Luna –que produz agendas e calendários– sempre participou de bazar de terceiros. Este ano, resolveu montar um bazar em alto estilo. Alugou uma casa em Cidade Jardim e convidou 35 expositores. Cada um pagou R$ 100. A previsão é vender, no mínimo, R$ 100 mil em quatro dias. Sua participação é de 20% sobre as vendas. Próximo Texto: Venda depende da organização Índice |
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