São Paulo, segunda-feira, 28 de novembro de 1994
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Soro é produzido em cavalos

JAIRO BOUER
ESPECIAL PARA A FOLHA

O soro utilizado no tratamento dos acidentes por animais peçonhentos é produzido em cavalos.
O veneno é extraído do animal e injetado no cavalo. O cavalo produz anticorpos contra o veneno.
Uma parte do sangue do cavalo é retirada e processada para obtenção da fração que contém os anticorpos. O material é examinado, testado e colocado em ampolas.
O soro é injetado na pessoa acidentada e neutraliza a ação tóxica do veneno.
Podem acontecer reações alérgicas ao soro por ele ser ser um produto heterólogo (feito a partir do sangue de outro animal).
Os sintomas vão desde uma simples coceira e vermelhidão na pele até reações mais graves como choque anafilático (com risco de parada respiratória).
Por isso, é importante que o soro seja aplicado em um local dotado de recursos e profissionais que possam interferir rapidamente no caso de reações indesejadas.
Os soros utilizados atualmente são específicos. Existem soros distintos contra cascavel, jararaca, coral venenosa, surucucu, escorpião e aranhas.
Os soros específicos causam menos reações alérgicas que os antigos soros polivalentes.
No Brasil, os soros são produzidos no Instituto Butantan (SP), Instituto Vital Brazil (RJ) e Fundação Ezequiel Dias (MG).
O Ministério da Saúde compra esses soros e distribui para os pontos estratégicos. (JB)

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