São Paulo, terça-feira, 29 de novembro de 1994
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Santos e Botafogo foram injustiçados

MATINAS SUZUKI JR.
EDITOR-EXECUTIVO

Meus amigos, meus inimigos, a mais veemente prova do absurdo que é este regulamento do Brasileiro está aqui, hoje, nas páginas da Folha.

Entre os 16 mais fortes, o Santos teve o terceiro melhor desempenho (no critério pontos corridos). O Botafogo o quarto, se ganhar hoje. Um dos dois estará fora da semifinais.

Não há como oferecer igualdade para times que disputam torneios desiguais. Trata-se de um pressuposto jurídico, moral e... esportivo.
A repescagem é uma farsa.

O Sport está exagerando. Já havia feito o pedido de condenação do Palmeiras e do São Paulo. Perdeu. Não tem mais do que reclamar a não ser o desejo mórbido de seus dirigentes em criar confusão.
Só conseguirão manchar a imagem do Sport, que, com Givanildo, fez uma bela campanha dentro de campo.

O tapetão é uma excrescência. O efeito suspensivo é o tumor desta aberração. Se Edmundo foi suspenso, que fique de fora. Eu digo não à suspensão da suspensão.

Nem só de bons novos jogadores viverão estas semifinais do Brasileiro.
Será também o torneio de grandes técnicos: Telê Santana, Wanderley Luxemburgo, Carlos Alberto Silva, Jair Pereira, Cilinho. Futebol e inteligência em campo.

Correndo por fora, os narradores da TVA vão somando os seus pontinhos na guerra dos esportes na TV. A fórmula é ótima para um público de prestígio: sobriedade e informação.

NA TVA, os dois campeonatos que gosto de ver, o holandês (pelo jogo aberto) e o inglês (pela intensidade da disputa), passarão a ter narração em português.

Aliás, o campeonato inglês tinha tudo para ser a sensação da temporada. Contrataram bons jogadores estrangeiros e estão eliminando o hooliganismo.
Mas não está dando certo. O argentino Ardilles perdeu o cargo de técnico do Tottenhan. Os jogadores estrangeiros não se adaptam. E os times ingleses não estão se dando bem nas Copas européias.
O futebol inglês é o grande mistério.

Batigol Batistuta, Balbo, Fonseca, Zamorano, Aldair, Ronaldo. Futebol, seu nome é América do Sul, do sol, do sal.
No futebol, o Mercosul goleia a UE.

Três pontos para a entrevista da Maria Cristina Poli com o Maradona.
Madonna e Maradona, ícones desta vida. A vida –como a donna– é mobile!

Encontro com Telê, ontem, no almoço do Paulista Grill (onde estavam, aliás, Wilson e Christian Fittipaldi). Está encantado com o Pavãozinho. Nós também.

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