São Paulo, quarta-feira, 30 de novembro de 1994
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Rose quer avalição de escolas e professores

DA REPORTAGEM LOCAL

Logo depois de ser anunciada como a futura secretária da Educação, a pedagoga Rose Neubauer da Silva, 49, disse que pretende descentralizar o ensino a partir de discussões com prefeitos.
Rose criticou o projeto da escola padrão, do governo Fleury. Na sua opinião, o projeto "não gerou a melhoria na qualidade de ensino esperada" e será reavaliado.
Sobre o salário dos professores, ela afirma que os reajustes dependem da política adotada pelo governo para cada setor.
Em entrevista à Folha antes do segundo turno da eleição, Rose Neubauer disse que entre as prioridades da educação em São Paulo estariam a capacitação dos professores e a reforma administrativa.
Rose defendeu um sistema uniforme de avaliação estadual dos alunos para checar as principais deficiências das escolas.
Tendo sido detectados os problemas, as escolas buscariam, autonomamente, treinamento de professores em unidades descentralizadas de atendimento.
As escolas que obtivessem melhor desempenho em relação a sua avaliação anterior receberiam créditos adicionais.
Além da descentralização, Rose pensa que deve haver uma "informatização brutal" da secretaria.
Segundo ela, hoje não há informações para gerenciar a máquina, que atende 6,7 milhões de alunos.
Nas estatísticas oficiais, por exemplo, há mais estudantes de uma certa idade do que crianças naquela faixa etária.
Rose sugeriu a criação de uma "carteira de identidade" escolar para controlar a vida do estudante e saber de seus deslocamentos.
Casada com o economista Adoraldo Moura da Silva e professora-doutora da Faculdade de Educação da USP, Rose foi chefe de gabinete da Secretaria de Educação na gestão de Covas (1983-1985).
Foi coordenadora de Estudos e Normas Pedagógicas no governo Quércia (1987-1991).
É também pesquisadora da Fundação Carlos Chagas.

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