São Paulo, quarta-feira, 30 de novembro de 1994
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Dallari prevê inflação inferior a 3%

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA E DA REPORTAGEM LOCAL

O assessor especial de preços do Ministério da Fazenda, José Milton Dallari, disse ontem em Brasília que, pelas projeções do governo, a inflação de dezembro deve ficar abaixo dos 3%.
Para o mês de novembro, Dallari prevê que o índice inflacionário fique em torno de 3%, mas não superando o resultado de outubro. O IPC da Fipe do mês passado ficou em 3,17%.
O assessor informou que as projeções do governo se baseiam em dois pontos, principalmente: os preços dos alimentos estão em queda e o consumo neste final de ano deve ser menor do que nos anteriores.
Além disso, para evitar as pressões por aumentos de preços, típicas de final de ano, o governo vai fazer levantamentos sobre produtos de ceia de Natal e brinquedos.
A intenção do Ministério da Fazenda é fazer este tipo de pesquisa em São Paulo, Rio de Janeiro e Belo Horizonte e divulgá-las para os consumidores.
"O levantamento é apenas para a orientação do consumidor, que terá um referencial sobre como andam os preços dos produtos natalinos", disse Dallari.
O assessor acredita que nos primeiros meses de 1995, quando Fernando Henrique Cardoso assume a Presidência, a situação não deve se alterar. Ele avalia que a inflação se manterá em queda.
IGP-M
A inflação de novembro, medida pelo IGP-M (Índice Geral de Preços do Mercado) da Fundação Getúlio Vargas, atingiu 2,85%, um aumento de 1,03 ponto percentual em relação ao mês anterior (1,82%).
O IGP-M é composto pelo IPA (Índice de Preços por Atacado), INCC (Índice Nacional de Custo de Construção) e IPC (Índice de Preços ao Consumidor).
O índice de novembro reflete a variação de preços registrada entre 21 de outubro e 20 de novembro.
O item alimentação do IPC teve alta de 5,28%. A habitação subiu 5,10% e o vestuário, 3,98%.
A menor elevação foi a dos transportes, com apenas 0,05%. O item saúde e cuidados pessoais subiu 0,91%. Educação e recreação, 1,84%.
O IPC é calculado com base na Pesquisa de Orçamento Familiar nas cidades do Rio de Janeiro e São Paulo.
O IPA, que tem peso de 60% no IGP-M, registrou aumento de 2,76%. O INCC, com peso de 10%, subiu 1,42%.

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