São Paulo, quinta-feira, 1 de dezembro de 1994
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Petista nega ter recebido dinheiro

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

Luiz Inácio Lula da Silva negou ontem, em Brasília, ter recebido US$ 500 mil da construtora Norberto Odebrecht em doações para sua campanha eleitoral.
"A informação que eu tenho é que não existe doação da Odebrecht na minha prestação de contas", disse Lula.
Ele classificou de "futrica" e "lorota" as informações de que a empreiteira teria comprado bônus eleitorais do PT no final da campanha.
Anteontem, Lula admitiu ter recebido doações de bancos e empreiteiras. Ele disse que as contribuições foram insuficientes para cobrir todas as despesas de sua candidatura.
O petista negou que tenha participado de uma reunião com um executivo da Odebrecht e integrantes do PT para acertar valores da contribuição.
"Se alguém fala que se reuniu comigo, que se apresente. Eu quero o nome, cadê o nome dessa pessoa?", indagou o candidato derrotado à Presidência.
Sobre a devolução de US$ 400 mil das construtoras Odebrecht e Via Engenharia, recebidos para cobrir gastos da campanha do governador eleito do Distrito Federal, Cristovam Buarque, Lula poupou comentários.
"Não vou polemizar futricas", disse. Ele voltou a dizer que as doações de empreiteiras, feitas de acordo com a legislação eleitoral, são legítimas.
Ontem, a tesoureira da campanha de Lula, Tatau Godinho, entregou ao TSE (Tribunal Superior Eleitoral) a prestação de contas do PT.
Segundo Godinho, o partido teve despesas de R$ 4,2 milhões e arrecadou R$ 2,9 milhões. Desse total de contribuições, as empresas participaram com R$ 1,3 milhão. Segundo a petista, a Odebrecht não está na lista de doadores. A campanha ficou devendo R$ 890 mil.

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