São Paulo, quinta-feira, 1 de dezembro de 1994
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Monarquistas sofrem novo racha

JOÃO BATISTA NATALI
DA REPORTAGEM LOCAL

Uma das duas facções em que se dividem os monarquistas brasileiros acaba de sofrer um "racha", fragmentando ainda mais o movimento que obteve 10,2% dos votos no plebiscito de 21 de abril de 1993.
O novo grupo se chama "Brasil Imperial". Seu lançamento está programado para às 12h de amanhã, no Clube Atlético Paulistano, em São Paulo, e sua presidência estará entregue ao general da rerserva Pedro Luís de Araújo Braga –comandante militar do Sudeste no final do governo Sarney.
Sua intenção não era a de embarcar mais uma vez na lógica das divisões internas. Braga distribuiu documento em que se diz disposto a "congregar a nível nacional os monarquistas de todos os matizes".
Mas o texto também diz que o Brasil Imperial designará entre os integrantes da família Orleans e Bragança o virtual herdeiro do trono, desde que seja alguém "desvinculado de quaisquer outras organizações ou de concepções sectárias".
É óbvia a referência ao Conselho Brasil Monárquico, organizado presidida pelos príncipes Luiz e Bertrand, ambos ligados à TFP (Tradição, Família e Propriedade).
Luiz e Bertrand são os representantes do "ramo de Vassouras" dos descendentes de d. Pedro 2º, grupo ao qual o general Braga era ligado. O "ramo de Vassouras" se opõe ao "ramo de Petrópolis", considerado mais liberal e encabeçado pelo príncipe Pedro Gastão.
D. Pedro disse que "com a TFP não há união possível" e, ao mesmo tempo, evocou compromissos pessoais para não participar do novo grupo.

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