São Paulo, quinta-feira, 1 de dezembro de 1994 |
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Movimento monarquista se divide; general cria grupo contrário à TFP
JOÃO BATISTA NATALI
O novo grupo se chama "Brasil Imperial". Seu lançamento está programado para às 12h de amanhã, no Clube Atlético Paulistano, em São Paulo, e sua presidência estará entregue ao general da reserva Pedro Luís de Araújo Braga. Sua intenção não era, propriamente, a de embarcar mais uma vez na lógica das divisões internas. Braga distribuiu documento em que se diz disposto a "congregar a nível nacional os monarquistas de todos os matizes". Mas o texto também diz que o "Brasil Imperial" designará entre os integrantes da família Orleans e Bragança o herdeiro do trono, desde que seja alguém "desvinculado de quaisquer outras organizações ou de concepções sectárias". Para bom entendedor, é óbvia a referência ao Conselho Brasil Monárquico, organização presidida pelos príncipes Luiz e Bertrand, ambos ligados à TFP (Tradição, Família e Propriedade), um movimento católico integrista. Luiz e Bertrand são os representantes do chamado "ramo de Vassouras" dos descendentes de d. Pedro 2º e da princesa Isabel. Eles se opõem ao chamado "ramo de Petrópolis", considerado politicamente mais liberal e encabeçado pelo príncipe Pedro Gastão, 82. D. Pedro disse ontem que "com a TFP não há união possível" e, ao mesmo tempo, evocou compromissos pessoais para não participar do novo grupo. Ligado a d. Pedro e articulador do Movimento Parlamentarista Monárquico, o deputado Cunha Bueno (PPR-SP) não estará presente. O general Braga, comandante militar do Sudeste ao fim do governo Sarney, chegou a assumir em 1992 a direção executiva do "ramo de Vassouras" durante a campanha para o plebiscito, mas rompeu discretamente com Luiz e Bertrand. O primeiro deles estava ontem viajando e o segundo não foi localizado pela Folha. Texto Anterior: Prestação de contas de campanha petista aponta dívida de R$ 61 mil ;Empresas Próximo Texto: Governadores tentam mudar Orçamento Índice |
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