São Paulo, quinta-feira, 1 de dezembro de 1994 |
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Militares têm 20,2% de aumento em dezembro
RAQUEL ULHÔA
Isso vai significar um impacto de R$ 69 milhões na folha de pagamento de dezembro –excluído o 13º salário–, segundo o subchefe de finanças do Estado Maior das Forças Armadas, general-de-brigada Márcio de Moura Barros. O general afirmou também que o presidente Itamar Franco aguarda apenas a definição dos percentuais de aumento dos servidores públicos federais civis, para editar a medida provisória da isonomia. Essa definição poderá ocorrer até a próxima semana. O ministro da Administração, Romildo Canhim, disse na terça-feira que o aumento dos civis será fixado após o Ministério da Fazenda definir o volume de recursos a serem liberados. Os percentuais de reajuste da isonomia serão diferenciados. Em janeiro, data-base do funcionalismo federal, os servidores terão novo aumento, igual para todos, pelo IPC-r (Índice de Preços ao Consumidor em real) de dezembro. O general Márcio de Moura Barros disse que a baixa remuneração dos militares dificulta o recrutamento de pessoal para ingresso nas Forças Armadas e provoca evasão dos melhores quadros. Segundo o general, os atuais padrões de remuneração poderão "comprometer o desempenho operacional e estratégico das Forças Armadas", que perdem especialistas para o setor privado. Ele deu o exemplo de um sargento com curso de mecânica de helicóptero, que ganha na Aeronática R$ 450, enquanto poderia ganhar mais do que o dobro na iniciativa privada. O general disse que não há como fazer isonomia entre os militares e civis, porque não há funções semelhantes entre eles. Texto Anterior: Negócio da China Próximo Texto: Deputados criticam o cálculo de inflação zero Índice |
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