São Paulo, quarta-feira, de dezembro de
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Japoneses perdem o interesse pela partida

RICARDO SETYON
ESPECIAL PARA A FOLHA, DO JAPÃO

Já são 15 anos de encontros emocionantes entre campeões europeus e sul-americanos, em solo japonês, pelo Mundial Interclubes.
Este ano, porém, história é diferente. Há cinco dias os finalistas, Milan e Vélez Sarsfield, encontram-se na capital japonesa, e a atmosfera é apenas "morna".
Em crise, os campeões da Europa chegaram e, já no aeroporto, sentiram o que os esperava: só 25 pessoas recepcionaram a equipe.
Dezenas de faixas que saudavam Ruud Gullit foram achadas no lixo do aeroporto, depois que os poucos fãs souberam que o holandês já não fazia parte da equipe.
O "Super-Milan" no ano passado teve ao seu dispor batedores do governo, com direito a sirene, e filas intermináveis para autógrafo. Hoje, os jogadores não são incomodados nem quando correm num parque no centro de Tóquio.
O próprio Baresi disse ontem à Folha: "Não entendo. Estou quase com saudades de dar autógrafos. Desta vez, tudo mudou por aqui."
Desconhecidos do público, os argentinos do Vélez vivem um clima de apatia. "Um time que tem em seu goleiro sua única estrela não pode ser um grande aspirante ao título", escreveu o jornal "Nikkan Sports".
Já não há mais o clima de superpartida. Pela primeira vez sobram ingressos e só 14 jornalistas estrangeiros, italianos e argentinos, vieram cobrir a decisão.
"A vinda desses times ao Japão interessa mais por jogadores como Baresi, Donadoni ou Basualdo, que jogarão aqui no próximo ano, do que pelo que deve acontecer em campo na decisão", disse o jornal esportivo "Hochi Shimbum".

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