São Paulo, quinta-feira, 1 de dezembro de 1994
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Barrichello confirma renovação com Jordan

DA REPORTAGEM LOCAL

Rubens Barrichello reuniu a imprensa ontem em São Paulo para anunciar o que todo mundo sabia. Corre pela Jordan em 1995.
O piloto até ensaiou um tom solene no início. Mas logo desistiu. "Foi uma escolha muito boa", resumiu.
Barrichello afirmou que seu caso com a McLaren começou no circuito de Silverstone, onde aconteceu o GP da Inglaterra em julho deste ano.
"Assinamos uma opção para correr pela equipe que durou até a semana passada", revelou. Barrichello explicou que o documento não era um contrato e que este seria discutido durante esse período.
Como já havia comentado em oportunidades anteriores, o contrato oferecido por Ron Dennis, proprietário da McLaren, não o favorecia nem um pouco. Ele poderia até ser usado como piloto de testes e não participar das corridas.
A negociação se arrastou por quatro meses. Neste meio tempo, Barrichello foi sondado ainda por Flavio Briatore, da Benetton, e por Jean Todt, da Ferrari.
O interesse da equipe de Michael Schumacher aconteceu por dois motivos. Briatore queria um companheiro de equipe de alto nível para o alemão e que também apreendesse os ensimanentos do campeão mundial para um dia substituí-lo.
Barrichello recusou a proposta por temer ser 'apagado' à sombra do alemão. Quanto à escuderia italiana, a proposta era lhe dar um salário para ficar na Jordan em 95. No ano seguinte, se transferiria em definitivo para o time.
O problema, aí, era se comprometer durante muito tempo com um único time. Como o próprio piloto afirmou ontem, uma das lições que extraiu este ano foi a de "nunca mais assinar nada".
Como Dennis não queria ceder em nenhum ponto do contrato, o único caminho viável para Barrichello parecia ser ficar na Jordan por mais um ano.
O tom de resignação, porém, não existiu. Dennis, por via indireta, como o próprio piloto reconheceu ontem, acabou consolidando sua permanência na equipe irlandesa.
A McLaren abandonou a Peugeot em favor da Mercedes e deixou a fábrica francesa sem equipe para 95. Em poucas semanas, porém, a fornecedora propôs a união com a Jordan.
"A Jordan é como uma família para mim", disse o piloto que estreou na F-1 defendendo o time no ano passado.
Barrichello acredita no potencial do propulsor francês. Segundo ele, a expectativa é de que o motor de três litros, limitação imposta pelo regulamento de 95, seja capaz de desenvolver cerca de 700 CV.
"É o que a gente tinha disponível este ano com o motor Hart de 3,5 litros", comparou.

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