São Paulo, quinta-feira, 1 de dezembro de 1994
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Descubra cantos de Pontoise pintados por Camille Pissarro

ANA ASTIZ
DA ENVIADA ESPECIAL A PARIS

A antiga vila de Pontoise é hoje parte de uma urbanização maior chamada Cergy-Pontoise, a 35 km de Paris. Localizada às margens do rio Oise, tem acesso fácil por ferrovia e rodovia.
Camille Pissarro (1830-1903) visita Pontoise pela primeira vez em 1863. Instala-se na vila em 1866 e vive ali até 1869. Retorna em 1872 e fica por mais dez anos.
Ele pinta ruelas, becos, jardins, hortas, pomares, campos e vilas próximas. Muitas casas, igrejas e jardins podem ser reconhecidos pelo visitante familiarizado com as obras do artista.
Um desses recantos está registrado no quadro "Potager et arbres en fleur", de 1877. Paul Cézanne (1839-1906), que pintou no mesmo momento ao lado de Pissarro, produziu seu "Le Sentier de la Ravine, vu de l'Hermitage".

Passeios
O escritório de turismo regional, o Tourisme Accueil Val d'Oise, oferece vários roteiros na região (informações e reservas: tel. 33-1-34-25-32-52, fax 33-1 34-25-32-54, ligação paga).
Há um programa de três dias ("Les Grands Maitres de l'Impressionisme") que começa com uma visita ao Musée D'Orsay, em Paris, dedicado ao movimento impressionista.
Além de dois passeios de barco pelos rios Oise e Sena, visita-se também Argentuil e Giverny, lugares onde pintou Claude Monet (1840-1926), e Auvers-sur-Oise, vila onde Vincent Van Gogh (18xx-1890) passou seus últimos dois meses de vida.

Exposição
Até 8 de janeiro, o Metropolitan Museum of Art de Nova York apresenta a exposição "Origens do Impressionismo" (informações: 1-212-570-3949, ligação paga).
Muitos dos 175 quadros não eram vistos juntos desde que foram expostos pela primeira vez nos Salões de Paris e em eventos privados no final do século 19.
Há obras de Bazille, Cézanne, Courbet, Degas, Manet, Monet, Pissarro e Renoir. "Em 1869, o movimento que seria chamado de Impressionismo cinco anos depois já existia", explica Philippe de Montebello, diretor do museu.
"Suas características não se restringiam à luminosidade na pintura e às pinceladas nervosas. Outros denominadores comuns uniam aqueles artistas: a recusa em 'encenar' uma composição, a exclusão da metáfora, o desejo de pintar as coisas como as viam."
(AA)

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