São Paulo, sexta-feira, 2 de dezembro de 1994
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

Governo dá aumento a servidor público

WILLIAM FRANÇA
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

O governo anunciou ontem mais uma etapa da isonomia salarial para os funcionários públicos federais.
Os civis que pertencem à tabela II (948 mil pessoas) terão reajuste médio de 17% e os militares, de 20,3%. O aumento será concedido ainda em dezembro e também incidirá sobre a segunda etapa do 13% salário.
Esse reajuste não será descontado em janeiro, data-base do funcionalismo. Ficaram de fora dessa etapa da isonomia os servidores da tabela I, que representam as carreiras de: magistério, ciência e tecnologia, Polícia Federal, Procuradoria da Fazenda Nacional, diplomatas, especialistas em políticas públicas e oficiais de chancelaria.
Os funcionários que pertencem às carreiras de orçamento, finanças e controle e auditoria –embora façam parte da tabela I– terão reajuste específico. Isso porque o governo criou uma carreira de gratificação só para eles.
O custo da unificação da tabela II com a tabela I é estimado em R$ 77,6 milhões por mês. O reajuste para os militares está orçado em R$ 69 milhões. O governo não divulgou quanto custará a gratificação para as carreiras da área de planejamento e controle.
Custos dobrados
Esses custos serão dobrados neste mês, já que incidem sobre a folha de pagamento o vencimento de dezembro e o 13.o salário. Esse aumento, segundo o governo, será atendido com o esforço adicional de arrecadação e de contenção de gastos, não prejudicando as contas públicas.
A idéia inicial do presidente Itamar Franco era igualar os salários dos funcionários do Executivo com os do Legislativo e do Judiciário. A contenção de gastos, no entanto, impediu que isso fosse plenamente realizado.
Ficaram de fora desta etapa da isonomia a conclusão do repasse do reajuste de 28,86% devido a todos os servidores civis, a elevação da gratificação de 160% para 170% e, para os militares, a equiparação total das gratificações por representatividade e habilitação.
Ontem, quando emitiu nota oficial comunicando a nova etapa da isonomia –que será consolidada através de MP (medida provisória) a ser publicada hoje no "Diário Oficial"–, Itamar fez um balanço dos reajustes que concedeu ao funcionalismo.
Entre essas ações, está o reajuste anual dos salários –conforme prevê a lei– e a urvização dos salários pela média, como o próprio governo estabeleceu para os demais trabalhadores.

Texto Anterior: SP vai receber menos recursos
Próximo Texto: Estado nacional acabou, afirma tucano
Índice


Clique aqui para deixar comentários e sugestões para o ombudsman.


Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.